sábado, outubro 15, 2005

Catherine de Médicis e as Presidenciais Francesas




Mesmo sendo apenas em 2007, as presidenciais francesas estão a suscitar mais atenção em mim do que propriamente as nossas presidenciais. As notícias que nos chegam de Paris, misturam a política e a história, dois dos meus temas preferidos.

aqui tinha feito referência aos três grandes presidenciáveis da direita, mas eis que surge um(a) novo(a) candidato(a), com o cognome de Catherine de Médicis. O candidato mistério, como é já intitulado, apresentou-se como candidato(a) às presidenciais francesas, após um manifesto intitulado J'arrive - Il est plus tard que vous ne le pensez.


Confesso que entre Cavaco (O Tabu), Soares (O Velho) e Alegre (O Poeta), sinto-me aliciado por Catherine de Médicis, a responsável pelo célebre massacre de S. Bartolomeu.

Catherine de Médicis, já possui um site onde explica as razões para a sua candidatura, e onde responde à questão Qui Je suis?

Un individu et une collectivité. Une personne qui ne peut, comme beaucoup d’autres, se résigner à voir son pays glisser en dehors de l’Histoire en train de se faire ; une collectivité d’hommes et de femmes qui n’ont envie ni de se coucher, encore moins de démissionner, et pas du tout de ne carburer qu’à un « sauve-qui-peut » égoïste et généralisé.

A escolha deste pseudónimo é particularmente interessante:
Le pseudonyme fait partie, dans une période critique, des armes de survie. A regência de Médicis foi feita num período bastante conturbado, e ficou marcada pela forte luta que travou contra os protestantes, usando para tal de todos os métodos ao seu alcance.

No seu livro, Catherine faz uma abordagem dos problemas políticos da França, sem denunciar partidarismos políticos, escrevendo sobre temas habitualmente de direita e/ou de esquerda. A comunicação social, procura desenfreadamente a identidade da "candidata", embora muitos especulem que se trata de uma personagem bem conhecida na sociedade francesa, que utilizou este método como trampolim para a sua candidatura.

Não consigo deixar de pensar, que se por acaso os nossos candidatos presidenciais também quisessem ter um cognome, qual escolheriam... Um exercício interessante...

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