domingo, julho 31, 2005

Workshop do BE (inserido num programa "artístico")



O Bloco de Esquerda organizou este mês um workshop subordinado ao tema "técnicas de desobediência civil", tal como referi num post do dia 27 de Junho. Um dos comments, da nossa então Polina, questionava-se sobre o conteúdo programático de tal "curso". Julgo poder agora responder:

"(...) consiste basicamente em ensinar as técnicas de desobediência civil». Aprender a fazer «boicotes», «ocupação de espaços públicos», «como se comportar numa manifestação» e «como resistir a uma agressão policial» (...)

Para ler o artigo completo, clique aqui.

USA and EU?



Artigo recomendado, clique aqui para ler. Uma visão americana da Europa, diferente daquela que estamos habituados a ver...

sábado, julho 30, 2005

Faraós e Espanhóis...


"Se o projecto português de criar a alta velocidade no nosso país é faraónico, então o projecto espanhol é o delta do Nilo"

Fantástico! Agora temos lições de história para compreendermos os projectos de investimentos públicos. Mas porque é que ninguém se lembrou disto mais cedo? E claro, não esquecer Espanha, o país que caminha no sentido certo no que diz respeito a planos de investimentos...

"(...) porque não vivemos isolados do resto do mundo. A Espanha tem 9000 quilómetros de auto-estrada, apenas havendo portagens em 2000 km, e vai construir mais 5600 km. O seu plano é aumentar a rede de alta velocidade para 10.000 km, de forma a ligar todas as capitais de província."

O Escolhido?



Há cerca de um mês era dado como Presidente da República, sucessor de Jorge Sampaio pelos militantes do PSD, que apregoavam o seu nome com um sorriso nos lábios. Nos dias que correm, os sentimentos e expressões faciais mudaram. Apregoa-se não a vitória, mas a candidatura daquele que foi o primeiro-ministro com mais tempo em funções e detentor de duas maiorias absolutas. A falta de confiança é notória, mas esta não reside no candidato, mas sim no partido que o viu crescer e que agora o vê partir. O perfil de Cavaco Silva separou-se do partidarismo político, um facto que lhe confere muito maior prestígio, credibilidade e sentido de estado. Mário Soares pelo contrário, ainda mantém o "estigma" de homem do partido, e salvador do PS em tempos críticos...

A eleição de Cavaco Silva, conduzirá o cargo de Presidente da República para outro patamar. Um cargo mais atento e interveniente na política governamental, um cargo que poderá servir de suporte ao governo. Estas "novas funções" de PR poderam constituir uma grande motivação para o voto em Cavaco. Enquanto que Jorge Sampaio teve apenas uma função moralizadora e estabilizadora (se fecharmos os olhos à dissolução da AR), Cavaco ao ser eleito quererá ter um papel activo na governação do país. Será isso algo positivo? Arrisco-me a dizer que sim, já que uma governação requer uma grande unidade e apoio, que vai muito além do partido no governo.

Por último, a eleição de Cavaco Silva pode resultar como uma benção e uma maldição, simultaneamente. Uma benção, pois seria a primeira vez que um homem da região política de centro-direita seria eleito para o maior cargo da nação. Porém constituiria uma maldição, na medida que o papel quase "autoritário" de Cavaco, seria um enorme entrave a uma liberalização da área política da direita, e consequentemente da sua renovação.

quinta-feira, julho 28, 2005

O regresso do Barão da Esquerda...



É uma realidade que ainda hoje me custa a acreditar, ou melhor a perceber. Nem faz um ano, Mário Soares anuncia a sua retirada da vida política nacional, para meses depois iniciar "diligências" (leia-se, apoios de outros partidos...) para a sua candidatura a Belém. O seu nome aparece, segundo o próprio, fruto de militantes ansiosos por ver a esquerda unida associados com as bases do aparelho socialista. Não há duvidas que tudo isto é poético e teatral, toda esta orquestra tocar em uníssono para o seu maestro, porém sejamos realistas. O maestro é aquele que inicia a música, e aquele que a termina.

A candidatura de Mário Soares constitui para mim um motivo de desilusão, e até de pena. Para aquele que foi o PM de Portugal, responsável pela adesão do nosso país à CEE, acho uma maneira triste e um pouco degradante para terminar a sua carreira política nesta etapa. Não falo apenas de uma provável derrota, pois a sua vitória também não constituirá motivo de regozijo. Sejamos francos, Mário Soares não representa a força e coesão que o país necessita para atravessar o difícil período económico que se vive e os desafios que se avizinham. Se Cavaco é capaz de representar, é outro tema...

Por fim, José Sócrates decidiu dar o seu apoio a este candidato. Que opção tinha? Todo o partido estava à volta do Mário Soares, e para evitar uma cisão interna, era a única maneira possível. Mas até isto está a favor de José Sócrates. Creio que este acredita que Cavaco irá vencer, e como Primeiro-ministro, esta vitória seria uma boa notícia para a sua governação. Tanto porque teria um suporte para o seu "impeto reformista" (ou pelo menos tentativa de...), bem como teria um entrave à direita, para as futuras eleições...

Recomendado...

Post de uma sensilbilidade política impressionante , de João Miranda (Blasfémias). Ora digam lá, se não acham que é suficientemente realista...
Para o ler clique aqui.

Petição

Toda a polémica em redor do tema da Ota e do TGV, deu origem a uma petição on-line que visa propôr ao actual governo uma maior discussão pública da OTA e do TGV, bem como a divulgação dos Estudos em que se baseou o governo, para justificar estes investimentos.
Clique aqui, para ler a petição.

quarta-feira, julho 27, 2005

Manifesto


Clique aqui, para ler um manifesto assinado por vários prestigiados economistas, sobre o tema do investimento público.

segunda-feira, julho 25, 2005

Liberalismo vs Catolicismo?



Tem-se assistido ultimamente a uma acesa discussão sobre liberalismo em vários encontros culturais por todo o país, algumas vezes de maneira populista e com erros de índole histórica e política.

O liberalismo, surgiu no seio do Iluminismo Françês como ideologia que promovia a liberdade do indivíduo, como motor do desenvolvimento da sociedade. O liberalismo como ideologia política, defende a redução do papel do Estado nos assuntos económicos, de modo a ampliar o papel do indivíduo, e defende a abertura dos mercados ao exterior, de modo democrático e pacífico, procurando um maior entendimento e coesão entre as várias nações mundiais.

A burocracia na máquina estatal é um erro, e a política liberal defende a redução acentuada do Estado na vida do cidadão, em medidas como a dinamização dos serviços públicos. O liberalismo defende mudanças nos sectores que necessitem de reformas, num estilo pragmático e coerente, não compatível com falsas éticas partidárias. O Estado deve ser reduzido apenas às suas funções essenciais, tal como a segurança, a justiça, entre outros.

As políticas do liberalismo apenas respondem à lei, e será de acordo com esta que faz sentido falar em ética.

Fico surpreendido em verificar, que muito boa gente, que se auto-intitulam de eruditos, discutam liberalismo em conjunto com temas, tais como o aborto, a homossexualidade, entre outros. Liberalismo e Catolicismo, são incompatíveis na medida em que não se coordenam nestas questões-chave, referem várias vezes. Isto está profundamente errado, já que vai contra as premissas fundadoras desta ideologia política. O liberalismo entende que as suas políticas, apenas e só se adequam ao foro político, independentemente das questões privadas e pessoais dos cidadãos que o defendem e o utilizam para governar. Só assim pode-se promover a liberdade do cidadão.

Devido a isto, conclui-se que não faz qualquer sentido falar em confronto entre Catolicismo e Liberalismo, e muito menos em incompatibilidades, já que discutimos temas de cernes completamente distintos!

Questions & Answers?


Nos últimos dias, a blogosfera política tem estado preenchida por uma grande corrente de questões e pequenas frases, ao contrário do que é normal. Enuncio algumas que achei interessantes e dignas de reflexão:

O Voto é Secreto: Entre Cavaco e Soares, Sócrates vota em quem? (João Miranda)

Soares será o candidato da instabilidade e Cavaco da estabilidade. (Pacheco Pereira)

Soares candidato: O impensável, o incrível, o inconcebível, o fantasmagórico, o inominável, e o ridículo, aconteceu. (José Mexia)

Em 2020, Cavaco Silva terá 80 anos, uma boa idade para ser presidente, no seu caso, pela primeira vez. (João Miranda)

Adágio Político: Entre Soares e Cavaco, venha o diabo e escolha (JCS)

Caso Mário Soares ganhe as eleições, vai acumular a reforma de Presidente da República com o ordenado de Presidente da República? A lei é aparentemente omissa quanto a este ponto... (Rodrigo Adão da Fonseca)

O que era mesmo bom para Portugal, era Mário Soares a Presidente da República e Cavaco Silva Primeiro-ministro. Vamos perder mais 10 anos. Estamos quase no século de atraso. (JCS)


Em 2010, Jorge Sampaio terá 71 anos. Será demasiado cedo para se recandidatar à presidência? (João Miranda)

Caso Cavaco Silva ganhe as eleições, vai acumular as reformas de Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e de Primeiro Ministro com o ordenado de Presidente da República? (Rui Sá)

sábado, julho 23, 2005

Eles estão a chegar...



A edição de hoje do Expresso, apresenta a primeira sondagem das eleições presidenciais onde temos o confronto do candidato da Direita, Cavaco Silva e os três nomes "presidenciais" da Esquerda. Interessante verificar a disposição das preferências dos Portugueses, consoante a região do país... Em breve a análise de cada candidato neste blog...

sexta-feira, julho 22, 2005

"Aeroporto da Ota", by Prof. João César das Neves


Eis aqui a crónica do Prof. João César das Neves no DN, em que faz uma abordagem espectacular sobre o problema que constitui a Ota, no seu habitual estilo pragmático e repleto de ironia. Altamente recomendado!

"Populismo", uma acusação externa...


Interessantes (e arriscadas) declarações de José Miguel Júdice, mandatário da candidatura de Maria José Nogueira Pinto, à autarquia de Lisboa. Gostaria de ter ouvido a reacção (ou a não reacção) de António Pires de Lima, o homem do partido, cuja ideologia cada vez mais se afasta do CDS/PP. Para mais informações contactar "Noites à direita", ou "Reflexões sobre liberalismo"...

quinta-feira, julho 21, 2005

Cansaço... mas de quem?



Campos e Cunha abandona o executivo de Sócrates, no dia em que colocava as minhas esperanças na sua revaliação do aeroporto da Ota. Se Jorge Coelho tivesse lido o meu blog no dia de ontem, falaria de "coincidência infeliz", com uma taxa de confiança de 99%...

Para o abandono do cargo, Campos e Cunha refere motivos pessoais e cansaço. Tem toda a legitimidade para tal, mas o adjectivo cansaço despoletou-me algumas dúvidas, ou melhor, garantiu-me algumas certezas... Na semana em que se discute o plano de investimentos do novo executivo, na semana em que Campos e Cunha publica um artigo de opinião no Público sobre a necessidade de reflectir sobre certos investimentos públicos, uma semana depois de ter apresentado em Bruxelas o Programa de Estabilidade e Crescimento decide demitir-se? Desculpem as minhas interrogações, mas uma pessoa como Campos e Cunha, cujo sentido de dever e responsabilidade para com o seu cargo há muito não se via na política, caso decidisse demitir-se não seria seguramente nesta altura! E para ajudar a toda esta amálgama de acontecimentos, o nome de Fernando Teixeira dos Santos é apresentado quase instantaneamente...

Não sejamos hipócritas, ao ponto de não nos apercebermo-nos daquilo que se passou. Campos e Cunha ficou cansado de José Sócrates e dos seus caprichos, e tal como tinha sido noticiado pelo Expresso já há algum tempo, demitir-se-ia caso não pudesse avançar com as medidas que achava correctas. Esse momento chegou. Associado ao descontentamento de Sócrates, pela descoordenação do seu ministro das finanças e os restantes, resolveu fazer a primeira remodulação governativa, chamando para o cargo Teixeira dos Santos. Devo dizer, que estou muito reticente quanto ao nome apontado pelo PM, sobretudo devido a antigas ideologias que este apresentou(a)...

O aeroporto da Ota constitui uma pedra no sapato do executivo de Sócrates, e um bom ministro que quis retirar essa pedra para que o País pudesse evoluir, foi afastado imediatamente, em nome da imagem "coerente" do governo. Como ficará a nossa credibilidade nacional e internacional, depois deste episódio? E aproximando-se novos debates, quais as "surpresas" que Sócrates preparou para o povo português...

quarta-feira, julho 20, 2005

O capricho dispendioso de José Sócrates...


O tema da construção do novo aeroporto da Ota, tem sido alvo de muita contestação por parte dos mais diversos sectores, e com toda a razão. Todavia, tanto Mário Lino como José Sócrates. não cedem um milimetro que seja, nesta insensata e descuidada medida. Apenas consigo perceber este projecto no seu contexto populista e mediático, e eu bem que me esforço em ver outras vantagens...

Num tempo de crise económico-financeira, como é possível que o Estado decida utilizar milhões num projecto sem urgência, sem necessidade e acima de tudo sem garantias de sucesso? É necessário relembrar que um grande factor que contribui para o ambiente económico que se vive em portugal, foi a má utilização dos orçamentos no que diz respeito a investimentos. É preciso não voltar a cair nos mesmos erros! No tempo do cavaquismo e do betão, a construção de infra-estruturas foi necessária para o desenvolvimento do país, enquanto que agora isso já não constitui uma prioridade (tal como a comissária europeia para o desenvolvimento afirmou em Lisboa!). Não será uma obra como a Ota que relançará a nossa economia, bem pelo contrário, já que cortará fundos em áreas cruciais de inovação, uma área de eleição para José Sócrates... E para aqueles que utilizam o grande trunfo, das companhias aéreas, vejamos as declarações de Rui Maia, Director-geral da British Airways em Portugal:

«Rui Maia considera que "não se justifica" a construção de um aeroporto na Ota. Para o director-geral da British Airways, basta fazer o "upgrade da Portela" para responder à procura prevista para o aeroporto de Lisboa nos próximos anos. "Não é por acaso que as companhias aéreas nunca foram consultadas sobre a Ota", sublinha Rui Maia. Para este responsável, se o transporte de carga for deslocalizado e as instalações de Figo Maduro deixarem de ser utilizadas para fins militares, a capacidade da Portela para receber tráfego aéreo regular aumentará entre 30% e 40%. A par desta medidas, Rui Maia defende como "fundamental" a ligação do metro à Portela e a transformação de uma base aérea (Montijo ou Alverca) num aeroporto para servir as "low-cost". »

Fonte: Diário Económico

A minha última esperança reside em Campos e Cunha, que afirmou que irá reavaliar o projecto, esperando que tenha a sensibilidade para entender o projecto, e que obviamente não tenha pressões... (Arrisco-me a dizer que preocupa-me mais o segundo ponto...)

segunda-feira, julho 18, 2005

Pessimismo...




Artigo recomendado, clique aqui. Porque será?

sábado, julho 16, 2005

London, one week later...


Terrorrism, a word pronounced all over the world along this unusual week. There's no doubts that the new challenge of the 21st century, is to erase these types of crimes. In my opinion, the British started to solve this problem, in a very positive way. The well established articulation between the police and the media, contributed to a several decrease of false information and peacefull environment, in these circunstances... The British Interior Minister, Charles Clark, organized an emergency meeting to establish new rules and laws to promote a better comunication among security forces of EU countries, showing the determination of the European Union in promoting the safety of the european citizens.
Bad performance to the French Interior Minister, Nicolas Sarkozy, who decided yesterday to close the borders of his country, suspending Shengen Space, as if this measure would prevent attacks. It's better to remember that the responsibles for the London explosions were British citizens, who born in United Kingdom. It's time to focus on the hearts of our towns, instead pointing the finger to muslims countries...

quinta-feira, julho 14, 2005

Sir Jorge Coelho and Lady Bárbara Guimarães

E ainda existem pessoas que afirmam que os cavalheiros já não defendem a honra das damas... Veja-se o exemplo de Sir Jorge Coelho, que em pleno comício das Autárquicas PS, ergue a sua espada para defender uma dama em perigo, Lady Bárbara Guimarães:

"Queria aqui deixar uma mensagem a alguém que estão a tentar condicionar: queria dizer à minha querida amiga Bárbara que o povo de Lisboa gosta de si, que o PS gosta de si."

Tudo isto, devido a uma tentativa de "condicionar" Bárbara Guimarães...

Os trempos feudais regressaram a Portugal, e agora nem é no sentido económico, mas sim no sentido histórico. O líder da corte enfrenta o inimigo de espada na mão, defendendo a honra da dama da sua nobre corte, perante um fraco e cobarde esposo que porventura nem se apercebe da realidade...

Compreender sondagens...



Recomendo vivamente este post, para aqueles que estão interessados em saber analisar as recentes sondagens sobre as eleições autárquicas em Lisboa.

quarta-feira, julho 13, 2005

"Jardim e os seus jardineiros"




Recomendo a leitura da crónica de Clara Ferreira Alves no Diário Digital. Clique Aqui, para ler.

domingo, julho 10, 2005

Luxemburgo diz Sim




No preciso momento em que escrevo este post, o sim leva uma vantagem de 7 pontos percentuais, estando garantida a vitória da ractificação do tratado à constituição europeia. Caminhando contra "a pausa" acordada pelos diversos países, Juncker, o ex-presidente do Conselho Europeu consegue sair do seu mandato com pelo menos esta vitória. Que este resultado proporcione um novo impulso à UE e em especial a Tony Blair (o presidente do conselho europeu na actualidade).

sexta-feira, julho 08, 2005

Despesas...




Verifique as despesas do estado, aqui.

quarta-feira, julho 06, 2005

Cimeira G8




Tem início no dia de hoje a cimeira do G7+ Rússia (mais países convidados), onde muitos esperam uma alteração de várias políticas, principalmente no que diz respeito ao Protocolo de Quioto e às dívidas dos países de África. Todavia, pelas declarações dos líderes que tive oportunidade de ouvir, a cimeira começa de forma preocupante... Provavelmente se José Barroso estivesse presente, sugeria uma pausa para reflectir...

terça-feira, julho 05, 2005

Imperialismo Chinês




As declarações de Alberto João Jardim geraram uma controvérsia, que eu sinceramente não estava à espera. Primeiro, porque percebi onde ele queria chegar, e quem queria atingir. Segundo, porque quase sempre subestimo o poder da comunicação social.

Sejamos pragmáticos, as declarações de AJJ são a materialização daquilo que muitos pensam e poucos têm a coragem de admitir. Já nem me refiro, a negócios chineses, indianos, vietmaninas e afins, mas a uma realidade que já se propaga a outros campos, onde existe uma invasão de mão-de-obra estrangeira. Por exemplo, na área da Saúde, a quantidade de médicos espanhóis está cada vez mais a aumentar, e é uma certeza, que estes profissionais vão acabar por retirar emprego a recém-licenciados portugueses. O que fazer para resolver este tipo de situações? Dar primazia aos cidadão nacionais, discriminando os estrangeiros e colocando problemas de integração social? Ou permitir que cidadãos estrangeiros, a fugir dos problemas dos seus países, contribuam para o aparecimento desses mesmos problemas, ou mesmo agravá-los no país de acolhimento?
Na minha opinião, acho normal e lógico dar prioridade aos cidadãos nacionais, em detrimento de outros em sectores-chave. Vejamos, o estado tem o dever e a responsabilidade de zelar pelos seus cidadãos, e não vejo nada em contrário para que o estado não cumpra essas obrigações aplicadas a este tema em concreto. Não é minha intenção discriminar e marginalizar os estrangeiros. Trata-se de criar um sistema de proporções mais justas, e mais rigorosas, de modo a beneficiar ambos. É necessário não esquecer que muitos estrangeiros a trabalhar no nosso país são explorados de maneira infame e estão completamente desprotegidos a vários níveis. As razões para este facto é a falta de organização e de rigor na contratação de trabalhadores, quer nacionais quer estrangeiros. Esta exploração humana é que constitui um autêntico atentado ao príncipio da igualdade e demonstra discriminação racial.

Gostaria de acrescentar, que AJJ foi até agora o único político (que tenha conhecimento), que teve a coragem e o discernimento político, de se aperceber dos novos desafios económicos do século XXI, e publicamente demonstrar os seus receios, no sentido de proteger os cidadãos que o elegeram democraticamente. Todavia, "choveram" críticas de tudo quanto era liga acusando o líder de xenofobia e discriminação racial. Eu creio que todos entenderam a mensagem que AJJ queria transmitir, e acho que a grande razão desta polémica está muito longe daquilo que se discute, e não está tão distante dos nossos olhos como muitos pensam.