quarta-feira, julho 20, 2005

O capricho dispendioso de José Sócrates...


O tema da construção do novo aeroporto da Ota, tem sido alvo de muita contestação por parte dos mais diversos sectores, e com toda a razão. Todavia, tanto Mário Lino como José Sócrates. não cedem um milimetro que seja, nesta insensata e descuidada medida. Apenas consigo perceber este projecto no seu contexto populista e mediático, e eu bem que me esforço em ver outras vantagens...

Num tempo de crise económico-financeira, como é possível que o Estado decida utilizar milhões num projecto sem urgência, sem necessidade e acima de tudo sem garantias de sucesso? É necessário relembrar que um grande factor que contribui para o ambiente económico que se vive em portugal, foi a má utilização dos orçamentos no que diz respeito a investimentos. É preciso não voltar a cair nos mesmos erros! No tempo do cavaquismo e do betão, a construção de infra-estruturas foi necessária para o desenvolvimento do país, enquanto que agora isso já não constitui uma prioridade (tal como a comissária europeia para o desenvolvimento afirmou em Lisboa!). Não será uma obra como a Ota que relançará a nossa economia, bem pelo contrário, já que cortará fundos em áreas cruciais de inovação, uma área de eleição para José Sócrates... E para aqueles que utilizam o grande trunfo, das companhias aéreas, vejamos as declarações de Rui Maia, Director-geral da British Airways em Portugal:

«Rui Maia considera que "não se justifica" a construção de um aeroporto na Ota. Para o director-geral da British Airways, basta fazer o "upgrade da Portela" para responder à procura prevista para o aeroporto de Lisboa nos próximos anos. "Não é por acaso que as companhias aéreas nunca foram consultadas sobre a Ota", sublinha Rui Maia. Para este responsável, se o transporte de carga for deslocalizado e as instalações de Figo Maduro deixarem de ser utilizadas para fins militares, a capacidade da Portela para receber tráfego aéreo regular aumentará entre 30% e 40%. A par desta medidas, Rui Maia defende como "fundamental" a ligação do metro à Portela e a transformação de uma base aérea (Montijo ou Alverca) num aeroporto para servir as "low-cost". »

Fonte: Diário Económico

A minha última esperança reside em Campos e Cunha, que afirmou que irá reavaliar o projecto, esperando que tenha a sensibilidade para entender o projecto, e que obviamente não tenha pressões... (Arrisco-me a dizer que preocupa-me mais o segundo ponto...)

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