É uma realidade que ainda hoje me custa a acreditar, ou melhor a perceber. Nem faz um ano, Mário Soares anuncia a sua retirada da vida política nacional, para meses depois iniciar "diligências" (leia-se, apoios de outros partidos...) para a sua candidatura a Belém. O seu nome aparece, segundo o próprio, fruto de militantes ansiosos por ver a esquerda unida associados com as bases do aparelho socialista. Não há duvidas que tudo isto é poético e teatral, toda esta orquestra tocar em uníssono para o seu maestro, porém sejamos realistas. O maestro é aquele que inicia a música, e aquele que a termina.
A candidatura de Mário Soares constitui para mim um motivo de desilusão, e até de pena. Para aquele que foi o PM de Portugal, responsável pela adesão do nosso país à CEE, acho uma maneira triste e um pouco degradante para terminar a sua carreira política nesta etapa. Não falo apenas de uma provável derrota, pois a sua vitória também não constituirá motivo de regozijo. Sejamos francos, Mário Soares não representa a força e coesão que o país necessita para atravessar o difícil período económico que se vive e os desafios que se avizinham. Se Cavaco é capaz de representar, é outro tema...
Por fim, José Sócrates decidiu dar o seu apoio a este candidato. Que opção tinha? Todo o partido estava à volta do Mário Soares, e para evitar uma cisão interna, era a única maneira possível. Mas até isto está a favor de José Sócrates. Creio que este acredita que Cavaco irá vencer, e como Primeiro-ministro, esta vitória seria uma boa notícia para a sua governação. Tanto porque teria um suporte para o seu "impeto reformista" (ou pelo menos tentativa de...), bem como teria um entrave à direita, para as futuras eleições...
A candidatura de Mário Soares constitui para mim um motivo de desilusão, e até de pena. Para aquele que foi o PM de Portugal, responsável pela adesão do nosso país à CEE, acho uma maneira triste e um pouco degradante para terminar a sua carreira política nesta etapa. Não falo apenas de uma provável derrota, pois a sua vitória também não constituirá motivo de regozijo. Sejamos francos, Mário Soares não representa a força e coesão que o país necessita para atravessar o difícil período económico que se vive e os desafios que se avizinham. Se Cavaco é capaz de representar, é outro tema...
Por fim, José Sócrates decidiu dar o seu apoio a este candidato. Que opção tinha? Todo o partido estava à volta do Mário Soares, e para evitar uma cisão interna, era a única maneira possível. Mas até isto está a favor de José Sócrates. Creio que este acredita que Cavaco irá vencer, e como Primeiro-ministro, esta vitória seria uma boa notícia para a sua governação. Tanto porque teria um suporte para o seu "impeto reformista" (ou pelo menos tentativa de...), bem como teria um entrave à direita, para as futuras eleições...
2 comentários:
Por minha parte, Cavaco Silva, bastou para 1º ministro, e foi o que se viu! Apoio Mário Soares, pois este tem o perfil correcto, para um presidente da republica, como o já foi...
Força Soares!
Caro Hugo
Gostaria de saber o que entende por "perfil correcto" e como essas características se coadunam a Mário Soares e ao país dos nossos dias e dos próximos 10 anos.
Desta forma, talvez compreenda o seu apoio a Mário Soares.
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