Dois temas, dois fracassos. Duas propostas cruciais para Portugal e para a Europa, dois erros gritantes que sobrepuseram-se ao maior dos príncipios fundadores da UE - a solidariedade entre países.
A Europa percorre um árduo caminho, e eu europeísta convicto e assumido, ainda acredito nesta UE. Recuso-me entregar ao federalismo norte-americano e à nova máquina do séc XXI - a China. O Mundo necessita mais do que nunca, de uma Europa forte e coesa, para poder ter o papel que sempre teve na História mundial - de mediadora de conflitos e promotora da paz.
Os protagonistas que entraram neste episódio estavam politicamente fracos, o caso de Chirac e de Balkenende, mas isso não os fez mais cooperantes. Pelo contrário, duro e inflexível, Balkenende anunciou vetar tudo o que fosse propostas com orçamento superior a 1% do RNB. Chirac com a cabeça a prémio em França, bateu o pé quanto à PAC e Straw não cedeu um milímetro quanto ao tão polémico "cheque britânico". No meio de tudo isto, onde Portugal heroicamente consegue o valor 15%, Blair propõe um aumento de fundos para a Estratégia de Lisboa, sob os "olhares perplexos" dos restantes países... O "timing" nesta cimeira esteve ao rubro...
A próxima proposta de divisão de fundos, será construída pelo presidência do Reino Unido, ou seja, más notícias para Portugal... Se com a proposta Luxemburguesa foi difícil um valor como 15% de redução dos fundos de coesão, com uma proposta britânica, mais difícil será...
Fiquem bem
A Europa percorre um árduo caminho, e eu europeísta convicto e assumido, ainda acredito nesta UE. Recuso-me entregar ao federalismo norte-americano e à nova máquina do séc XXI - a China. O Mundo necessita mais do que nunca, de uma Europa forte e coesa, para poder ter o papel que sempre teve na História mundial - de mediadora de conflitos e promotora da paz.
Os protagonistas que entraram neste episódio estavam politicamente fracos, o caso de Chirac e de Balkenende, mas isso não os fez mais cooperantes. Pelo contrário, duro e inflexível, Balkenende anunciou vetar tudo o que fosse propostas com orçamento superior a 1% do RNB. Chirac com a cabeça a prémio em França, bateu o pé quanto à PAC e Straw não cedeu um milímetro quanto ao tão polémico "cheque britânico". No meio de tudo isto, onde Portugal heroicamente consegue o valor 15%, Blair propõe um aumento de fundos para a Estratégia de Lisboa, sob os "olhares perplexos" dos restantes países... O "timing" nesta cimeira esteve ao rubro...
A próxima proposta de divisão de fundos, será construída pelo presidência do Reino Unido, ou seja, más notícias para Portugal... Se com a proposta Luxemburguesa foi difícil um valor como 15% de redução dos fundos de coesão, com uma proposta britânica, mais difícil será...
Fiquem bem
3 comentários:
Não achas que se se deixar de entregar 40% do orçamento para a PAC, se pode ditribuir (e distribuir melhor) os dinheiros comunitários? Podia ser que Portugal até nem visse diminuida a sua parte de "fundos comunitários".
Jorge Gustavo
Não sou tão optimista, embora concorde que a reorganização do orçamento da PAC resultasse em resultados extremamente favoráveis à UE. O problema da PAC e da dificuldade da sua "redução" é visto por todos e tem um nome - França. Chirac para conseguir terminar o seu mandato presidencial, necessita dos fundos da Política Agrícola Comum... Neste ponto de vista, concordo com Marcelo Rebelo de Sousa, quando diz que a Europa precisa de novos líderes. Se Nicolas Sarkozy é capaz de motivar esse impulso, é outra questão...
No caso de haver redução da PAC (uma medida que provavelmente no futuro terá que ser tomada...) tenho sérias dúvidas se o orçamento dos fundos de coesão seria o beneficiado. Julgo ser uma melhor aposta, o aumento dos fundos na Estratégia de Lisboa, que sofreria um corte de 40% na proposta Luxemburguesa... Apenas as medidas contidas nesta estratégia, é que permitirão a sobrevivência económica e social da UE.
Aprendi muito
Enviar um comentário