- A ratificação do Tratado de Constituição Europeia deve continuar, apesar dos chumbos na França e na Holanda?
Sim. Embora os restantes referendos a realizar, sejam arriscados, na medida em que o não tem alguma vantagem em países como a Dinamarca e a Irlanda, creio que a suspensão, embora fosse uma medida certamente mais relaxante, talvez causasse uma espécie de "mal-estar" entre os países membros. Na minha opinião, a UE dividir-se-ia em dois blocos. Aqueles que poderiam dar a sua opinião, já que tinham efectuado o referendo e possuiam a legitimidade para tal, e aqueles que não efectuaram referendo e estariam num leque de incertezas, quanto às opiniões das suas populações. Em suma, considero que um "separar das águas", beneficiaria à reflexão do futuro da Europa e do Tratado da Constituição Europeia.
- O que podemos esperar dos próximos referendos?
Uma enorme responsabilidade. No dia de ontem, assistimos ao início da pressão existente sobre vários países e os seus dirigentes. Jean-Claude Juncker (na foto) anunciou publicamente a sua demissão, caso o referendo seja chumbado no Luxemburgo.
A preocupação com os próximos referendos, não se deve sobrepôr à coerência e serenidade que caracterizaram a construção deste tratado, de modo a que a UE atinja o próximo patamar da sua história.
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