Por dificuldades técnicas (leia-se "Não percebo porque os comentários Haloscan não funcionam!"), decidi responder-te Ricardo, através de um post. Relembro a teu último comentário:
"A conversar vamos chegando a consensos! Nota que o liberalismo social foi criado porque os Estados chegaram à conclusão que o liberalismo, per si, não funcionava socialmente. Por isso sou próximo dos movimentos actuais de liberalismo e chamei à atenção para a discordância com os extremos!
Quanto aos exemplos:
- O Reino Unido no século passado com a crise dos mineiros;
- A revolução sindical nos EUA face ao processo Ford de produção em série;
- O falhanço dos movimentos liberais pré 1ª Guerra Mundial;
- experiência Argentina (a chilena correu bem por completa supressão dos direitos sociais);- Os actuais movimentos de globalização - nota que defendo o conceito mas não um liberalismo globalizado - são quase liberais porque não há entidades de regulação eficazes supra nacionais e estão a aumentar as desigualdades quando se esperava o movimento contrário em teoria.Por isso eu falei que nenhuma das partes ganhou porque o reequilíbrio foi feito com uma mistura de ideologias (situação actual)! Hoje é o liberalismo social que impera e que não tem nada a ver com experiências do passado. O que não quero que aconteça, e está a acontecer, é uma derrapagem para formas mais puras de liberalismo!"
Continuamos a bater na mesma tecla, mas tudo bem. Eu considero-me mais próximo do liberalismo clássico, mas não o acho mais próximo dos extremos. Um exemplo de liberalismo de extremos, era o exemplo que apontavas do liberalismo quase anarquista, extremamente municipalizado.
Quanto à mistura de ideologias que compõe um sistema, concordo em parte contigo. Todavia, não ache que essa seja a melhor solução para uma sociedade, por uma razão muito simples. Ao acontecer algum problema no regime, torna-se mais difícil detectar a ideologia que o suporta, encontrar uma solução para o tal problema, e colocar essa solução em prática. Para além disso, corrre-se o risco de haver incompatibilidades entre os diferentes sistemas. É óbvio, que neste tipo de regimes as ideologias estão um pouco diluídas, não havendo tantas incompatibilidades, mas esse não é um ponto positivo. Por isso acho, que a melhor solução é mesmo uma ideologia mais pura (aquela que temes...) Desta forma, temos um regime mais transparente, que é a regra básica para um bom funcionamento do Estado. E repara que uma forma mais pura de liberalismo, não implica um liberalismo de extremo. As ideologias de extremos, dependem mais do tipo de ideologia do que do grau de transposição para a realidade da ideologia.
Quanto aos exemplos, esses são bastante interessantes. Tenho que dizer que esses factos são episódios que custam numa governação, mas não acho que os tornem representativos de uma avaliação global. Por exemplo, a crise dos mineiros durante a governação de Margaret Thatcher. Para qualquer executivo, mesmo não tendo a designação de "social", 20 000 desempregados é uma situação difícil de digerir. Mas a avaliação que faço da governação Thatcher é muito positiva. A razão pela qual o Reino Unido é na actualidade uma potência a nível económico, é em grande parte devido à coragem empreendida pela primeira-ministra, no conjunto das reformas efectuou. Teve momentos menos maus? Claro que sim. Mas a avaliação global do seu governo, e a ideologia em que se baseou, saem claramente vencedoras. A prova disso, é que apenas agora, a Europa desperta para a necessidade de reformas importantes, de modo a não cair numa estagnação.
Abraço
P.S. Esta discussão teve início na caixa de comentários, deste post.
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