É impressionante o défice político que se assiste em Portugal na área da direita. Os dois partidos, que vulgarmente se veiculam de direita, são uma autêntica fraude. O CDS continua a sua saga em busca da sua matriz política, divertindo-se com guerrilhas internas que vão progressivamente deteriorando o partido. O PSD renovou este ano a sua receita socialista. Mesmo com o espaço social-democrata invadido pelo PS, o PSD não parece preocupado em assumir-se como um verdadeiro partido de direita liberal, preferindo jogar a luta política no centro-esquerda, utilizando a semântica para se situar na direita. Falam-me em conservadorismo no PSD, e eu pergunto, qual conservadorismo? Meia dúzia de deputados beatos não são para mim um exemplo de conservadorismo. Falam-me em liberais, e eu pergunto, onde estavam na discussão do modelo de SS, e de tantas outras medidas que limitam a liberdade dos cidadãos?
Como bem referia Constança Cunha e Sá num artigo da Revista Atlântico, para se construir uma direita liberal, é necessário em primeiro lugar ter uma verdadeira direita.
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