Perdeu Ricardo Costa. Sujeitou-se ao jogo de Manuel Maria Carrilho sem qualquer problema. Com uma actuação muito aquém do que se esperaria, preferiu usar os seus "dotes" de memória factual do que outras abordagens bem mais apropriadas ao programa e à discussão. Ficou pelo menos bem visto perante os representantes das associações, dados os aplausos que a bancada da frente ocasionalmente despoletava quando falava.
Perdeu Emídio Rangel. O seu discurso moralista associado a uma tentativa de se aproveitar do confronto que se estava a desenrolar, não lhe correu bem. As sucessivas tentativas de personalização do debate tiveram um duro ricochete, tanto de Pacheco Pereira, como de Ricardo Costa.
Perdeu Manuel Maria Carrilho (o pouco que lhe restava para perder). Para aqueles que julgavam que a estrondosa derrota que obteve nas autárquicas tinha-lhe feito tomar consciência dos seus inúmeros erros e do seu grave problema mediático, puderam regalar-se com mais um triste episódio de vitimização, de acusações não fundamentadas e de uma sede de protagonismo que parece não ter limites.
Perdeu Pacheco Pereira. Embora tenha sido a voz mais sensata no debate, não conseguiu demarcar-se da luta que se assitiu na "arena". Por outro lado, a reflexão que por diversas vezes tentou estabelecer na conversa foi completamente marginalizada em detrimento do confronto Carrilho/Costa.
No meio de tudo isto, provavelmente só as audiências é que tiveram uma vitória. Com tais gladiadores na arena, devem ter sido muitos aqueles que se regozijaram com o espectáculo.
Sem comentários:
Enviar um comentário