sexta-feira, junho 30, 2006
Uma questão de liberdades
Freitas do Amaral sai do governo
Freitas do Amaral pediu hoje a demissão do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, alegando motivos de saúde. O anúncio foi feito pelo gabinete do primeiro-ministro, acrescentando que o cargo será ocupado por Luís Amado, que será substituído na pasta da Defesa por Nuno Severiano Teixeira.
Ramos Horta
Atlântico
Free Private Market
A free private market is a mechanism for enabling a complex structure of ooperation to arise as an unintended consequence of Adam Smith's invisible hand, without any deliberate design. A free private market involves the absence of coercion. People deal with one another voluntarily, not because somebody tells them to or forces them to. It does not follow that the people who engage in these deals like one another, or know one another, or have any interest in one another. They may hate one another. Everyone of us, everyday without recognizing it, engages in deals with people all over the world whom we do not know and who do not know us. No super planning agency is telling them to produce something for us. They may be of a different religion, a different color, a different race. The farmer who grows wheat is not interested in whether it is going to be bought by somebody who is black or white, somebody who is Catholic or Protestant; and the person who buys the wheat is not concerned about whether the person who grew it was white or black, Catholic or Protestant. So the essence of a free private market is that it is a situation in which everybody deals with one another because he or she believes he or she will be better off.
The essence of human freedom as of afree private market, is freedom of people to make their own decisions so long as they do not prevent anybody else from doing the same thing. That makes clear, l think, why free private markets are so closely related to human freedom. It is the only mechanism that permits a complex interrelated society to be organized from the bottom up rather than the top down. However, it also makes clear why free societies are so rare. Free societies restrain power. They make it very hard for bad people to do harm, but they also make it very hard for good people to do good. Implicitly or explicitly, most opponents of freedom believe that they know what is good for other people better than other people know for themselves, and they want the power to make people do what is really good for them.
Recomendado: A única oposição possível é a liberal
Há alternativas a esta política dos socialistas e elas podem ser socialmente muito mais justas do que as políticas actuais. As medidas de austeridade que o Governo está a tentar implementar, tímidas mas mesmo assim passos de gigante em relação aos governos anteriores, apenas adiam a crise estrutural do Estado-providência e têm custos muito mais gravosos para os mais pobres do que para os ricos. Mais: a seguir-se esta política, a crise tornar-se-á endémica e, com intervalos de pequenos surtos de prosperidade, continuar-se-á a ter de pedir novos sacrifícios e o problema de fundo permanecerá na mesma. Por isso, a prazo, o Estado-providência está condenado, pelas mesmas razões que lhe deram o sucesso. Não sobreviverá nem à globalização nem ao bem-estar adquirido, que não é reproduzível de geração para geração com a composição etária das sociedades ocidentais.
Este é o custo de querer manter sistemas de segurança social universais que não têm outra razão de ser que não seja a ideologia do "modelo social europeu", que os socialistas consideram ser o último reduto do seu "socialismo". A reconfiguração do modelo do nosso Estado devia apenas garantir uma protecção social mínima para quem realmente a exige, limitar a esse mínimo de solidariedade social básica o carácter distributivo dos impostos, assim libertando para cada um a gestão da parte da sua "segurança" que está para além do mínimo garantido e para a economia recursos de que o Estado tem vindo a apropriar-se numa espiral cada vez maior.
O que significa que a única oposição possível é a liberal. Sem este tipo de oposição, não há oposição a não ser a comunista e a do BE, que é uma variante da comunista. Só uma oposição liberal reformista e moderada pode mudar este estado de coisas. O consenso acéfalo dos dias de hoje é favorecido pela inexistência ou debilidade desta oposição.
quinta-feira, junho 29, 2006
NicVax
NicVAX is being developed to help the millions of patients in the U.S. and potentially billions worldwide who are addicted to tobacco products, or are at risk of becoming addicted.
A comercialização da vacina levanta inúmeras questões pertinentes, nomeadamente a quem administrar a vacina. Às pessoas que desejam deixar de fumar? A qualquer pessoa que assim o entenda? A todas as crianças?
A segunda e a terceira opção, são sem dúvida as mais delicadas. Uma pessoa deve ter a liberdade para escolher o que fazer com a sua saúde, ou seja, deve poder escolher intoxicar-se da forma que bem quiser. Se uma vacina pressupõe a erradicação de um determinado agente, teoricamente estamos perante uma possível violação de liberdade. Então para que existe um plano nacional de vacinação? Deveriam as pessoas ter a opção de escolher se querem ou não contrair tuberculose ou tosse convulsa? Pois, é que neste último caso trata-se de uma ameaça à liberdade das outras pessoas. E no caso do tabaco não é? Muda-se a argumentação: Eu tenho a liberdade de fumar num espaço próprio, não incomodando ninguém. Na mesma linha, isolamos uma pessoa numa ilha deserta e injectamos-lhe um vírus qualquer, se ela assim o desejar. Pois, mas de facto é arriscado. Imaginemos que ela foge da ilha? Pois... Argumenta-se que são aspectos distintos. Então, onde se coloca a barreira? Qual a razão que a justifica? Para não falar de quem deverá ser a entidade a regular todo este processo...
[Adenda: Sobre o mesmo tema, ver "Uma questão de liberdades"]terça-feira, junho 27, 2006
Diplomacia Trilateral?
Com estas declarações, não existem dúvidas que o embaixador iraniano ficou com uma excelente impressão da diplomacia portuguesa. Freitas do Amaral, com muita precaução, tem evitado falar sobre a matéria. Porém, não poderá manter o silêncio por muito mais tempo. Mas verdade seja dita, é preferível o silêncio às passadas declarações sobre a matéria...
segunda-feira, junho 26, 2006
sexta-feira, junho 23, 2006
Timor
Público
Brasil
quinta-feira, junho 22, 2006
quarta-feira, junho 21, 2006
terça-feira, junho 20, 2006
O papel de um PR
Presidenciais Francesas 2007
Não existem dúvidas que Segolene Royal começa a movimentar-se muito bem, para se lançar nas presidenciais francesas de 2007. Consegue estar numa semana a roubar votos à direita, defendendo uma postura autoritária em relação à educação, como dias depois aproxima-se da esquerda com este tema.
Sarkozy está permanentemente a ser acusado de arriscar demasiado nos flancos da extrema-direita, na tentativa de amplificar a sua base eleitoral. Pelos vistos, já não é o único a namorar os flancos. Mas como é óbvio, este tipo de campanha traz algumas desvantagens e riscos, nomeadamente, a dificuldade em apresentar um programa coeso e atractivo o suficiente para captar o voto dos flancos, e não libertar o voto do núcleo do partido.
segunda-feira, junho 19, 2006
Diga lá Excelência
Actualizações
sexta-feira, junho 16, 2006
Resumo da Cimeira Europeia
quinta-feira, junho 15, 2006
quarta-feira, junho 14, 2006
Uma questão que me colocaram...
Futebol e Política
Políticos alemães esperam que Portugal vença o Irão sábado, em Frankfurt, e contribua para o afastamento dos iranianos da fase seguinte do mundial de futebol, o que poderia evitar sérios embaraços diplomáticos a Berlim.
O governo alemão tem-se mostrado preocupado com a hipótese de uma visita à Alemanha do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinedjad, sobretudo depois de este ter negado publicamente a existência do Holocausto, o extermínio de seis milhões de judeus pelos nazis, durante a II Guerra Mundial.
Berlim não poderá, no entanto, recusar a entrada no país a Ahmadinedjad, por se tratar de um Chefe de Estado e também porque o governo alemão se comprometeu com a FIFA a autorizar a entrada de todas as delegações dos países que participam no mundial.
«Espero que haja uma solução desportiva», disse o deputado social-democrata Dieter Wiefelspütz, cuja opinião foi também secundada por deputados de todas as forças da oposição, liberais, verdes e neocomunistas.
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(...)
Para já, as coisas estão a correr mal aos iranianos, que foram derrotados no primeiro jogo do grupo D por 3-1 pelo México.
Em caso de segunda derrota frente a Portugal, o Irão muito dificilmente passaria à fase seguinte do mundial, embora dependa também do resultado da véspera no jogo entre Angola e México.
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que o seu governo não foi informado até ao momento de que Ahmadinedjad pretenda visitar oficialmente a Alemanha.
Pelo sim, pelo não, responsáveis da área da coligação democrata-cristã e social-democrata no poder em Berlim já admitiram que o melhor seria Portugal derrotar o Irão para que o problema se resolva dentro das quatro linhas.
Recomendado
[Adenda: Ver também, na Mão Invisível, a sequela Ondas de paixão (2).]
Aniversário na Blogosfera
terça-feira, junho 13, 2006
Extremismos
Nota: Hoje, através do Arte da Fuga, cheguei a este texto do António Torres sobre o mesmo tema.
segunda-feira, junho 12, 2006
Quote
The sportive, knightly battle awakens the best human characteristics. It doesn't separate, but unites the combatants in understanding and respect. It also helps to connect the countries in the spirit of peace. That's why the Olympic Flame should never die.Berlin Olympic Games
sábado, junho 10, 2006
Discursos
Com a experiência que começo a adquirir no estilo do nosso PR, começo a notar que simpatizo com a sua maneira de actuar, mas nem por isso com a sua maneira de "falar". Quero dizer que no que toca a coisas práticas, de gabinete, acho que Cavaco Silva até nem tem estado mal. Porém, no que toca a discursos, Cavaco tem deixado muito a desejar.
sexta-feira, junho 09, 2006
Recomendado: Maximização da Utilidade
Nada que nós não suspeitássemos...
Numa coisa eu tiro o chapéu à Dr. Ana Gomes. A coragem para demonstrar que no PS, os critérios de paridade são deveras mais importantes que qualquer critério ligado ao mérito. São nestas pequenas coisas que vamos compreendendo a razão para a classe política estar como está. E depois existem aqueles que ficam todos surpreendidos com as declarações da Dra. Maria Filomena Mónica... Haja paciência...
Back on track...
quarta-feira, junho 07, 2006
Presos políticos / Políticos presos
Quote of the Day
Many forms of Government have been tried, and will be tried in this world of sin and woe. No one pretends that democracy is perfect or all-wise. Indeed, it has been said that democracy is the worst form of government except all those other forms that have been tried from time to time.
Winston Churchill
Estado, estado e mais estado...
O líder comunista pretende «um Estado que antecipa as situações empresariais e sectoriais de crise, que intervém na resposta atempada a esses problemas, que define orientações estratégicas da economia, planifica o seu desenvolvimento, vela e promove pela correcção das desigualdades de rendimento e correcção das assimetrias regionais», defendeu.
Para combater o desemprego, Jerónimo de Sousa propôs a «redução faseada» dos horários de trabalho para 35 horas e o aumento dos apoios públicos à inserção na vida activa de jovens qualificados desempregados em pequenas e médias empresas.
Consumismo Literário
terça-feira, junho 06, 2006
Alan Garcia
segunda-feira, junho 05, 2006
O Mito das Faculdades de Medicina
1. A solução para a falta de médicos em diversas regiões do país não passa pelo aumento de vagas nas faculdades de medicina, mas sim pela redistribuição dos diversos trabalhadores ligados ao ramo da saúde. Se compararmos o número de médicos por densidade populacional, tendo por base a geografia de Portugal, teríamos dados que nos fariam reflectir de outra forma sobre o problema.
3. A entrada de X alunos para uma faculdade de medicina, não garante ao fim de dez anos (ou mais, consoante a especialidade), a saída de X profissionais médicos. Para além da formação perder qualidade (pelo aumento desproporcionado de vagas), o que se repercute obviamente na qualificação dos profissionais, isso não resolve o problema. Aumentar o número de vagas no curso, sem aumentar o número de vagas nos internatos, torna a primeira medida completamente inútil. Formamos lincenciados em medicina na fase I, mas não conseguimos passar o mesmo número para a fase II, não esquecendo que aqueles que terminaram a fase I, não têm permissão para exercer!
4. Por tudo isto, não faz qualquer sentido aumentar ainda mais o número de vagas nas faculdades já existentes. Utilizar o argumento de que se estão a formar mais de mil licenciados em Espanha que depois vêm trabalhar para Portugal é não compreender a realidade. Se porventura efectuassem a especialidade no país vizinho, e depois voltassem a Portugal, a situação seria diferente. Porém, não é isso que acontece. Dada a taxa de desemprego médico em Espanha (e noutros países), as vagas para os internatos de especialidade são poucas, face à procura. Assim, não faz qualquer sentido estarmos a olhar cheios de inveja para a quantidade de alunos a estudar Medicina em Espanha, porque isso não vai resolver o problema.
Notas do fim-de-semana
Coisas que se descobrem no início da semana, numa ronda pelos blogs...
[Via O Insurgente]
quinta-feira, junho 01, 2006
A psicologia das reacções
São nestas alturas que se torna mais fácil compreender, como é que determinados direitos e privilégios "sociais" podem constituir um foco de bloqueio para a modernização de uma sociedade. Um foco que assenta em pilares organizacionais errados, como a diluição da responsabilidade e o desprezo pelo combate à ineficiência interna.
"Free" Education and Literacy
Dada a intensa discussão sobre Educação que actualmente decorre no nosso país, eis uma leitura interessante:
A common view promoted by advocates of "free" or public education is that a system primarily based on fees would cause many children to forego an education. Subsequently, literacy rates would decline, and America would slide down a slippery slope toward low economic growth and stagnation. Whether education is part and parcel to economic growth is not the concern of this article. Rather, the charge of illiteracy in a fee-based or privatized system seems to be weak at best, considering the history of education in America and England.
(...)
The reason behind the successes of private, fee-based systems should be elementary to any student of economics: Private businesses are consumer oriented. The feedback of profit and loss tells an entrepreneur when they satisfy, or fail to satisfy, the needs of consumers. Entrepreneurs who continue to lose eventually cease to be entrepreneurs. Conversely, profit is a reward to entrepreneurs who correctly anticipate consumer wants. A brief look at the private schools of the period attests to these facts. Private schools offered a varied curricula to students. While public schools concerned themselves with the three R's, private schools offered courses in geography, bookkeeping, geometry, trigonometry, surveying, French, German, history, and sometimes dancing.[ix] Specialty and night schools emerged to meet the growing demand of consumers. Many states cut local funding for schools after the American Revolution, but private education thrived.
Why then, did Mann and other so-called reformers lead a call-to-arms to bring public, free schools to all children? One reason is that consumers preferred the quality of the private schools. Although attendance per se did not decline from 1830 to 1840, attendance in public schools began to fall faster and faster. Mann and his followers developed many arguments to attack the private schools. Such arguments ranged from bad parents who refused to educate their children, to calls of private education being "undemocratic." Economic arguments concerning economic growth, crime, and educated voters were also used in an attempt to solidify the position of public schools. Once educators and administrators organized into powerful lobbying groups, the die of our modern public system was cast. Few people can afford to pay for education twice: once through fees, and once through the fiat of taxation.
Most people now realize the failure of public schools, even those who seek only to reorganize a bad system. Parents certainly realize this fact, since private and home schooling is again on the rise. Apparently, many people find that paying twice for education is better than receiving little education at all. Economic theory shows us that private businesses cater to the needs of diverse consumers far better than bureaucracies. History tells us that a private system is feasible, that those at the bottom of the ladder will gain the education they need, and that literacy will not suffer if the mass of the pubic education system disappears—if only we will listen.