Políticos alemães esperam que Portugal vença o Irão sábado, em Frankfurt, e contribua para o afastamento dos iranianos da fase seguinte do mundial de futebol, o que poderia evitar sérios embaraços diplomáticos a Berlim.
O governo alemão tem-se mostrado preocupado com a hipótese de uma visita à Alemanha do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinedjad, sobretudo depois de este ter negado publicamente a existência do Holocausto, o extermínio de seis milhões de judeus pelos nazis, durante a II Guerra Mundial.
Berlim não poderá, no entanto, recusar a entrada no país a Ahmadinedjad, por se tratar de um Chefe de Estado e também porque o governo alemão se comprometeu com a FIFA a autorizar a entrada de todas as delegações dos países que participam no mundial.
«Espero que haja uma solução desportiva», disse o deputado social-democrata Dieter Wiefelspütz, cuja opinião foi também secundada por deputados de todas as forças da oposição, liberais, verdes e neocomunistas.
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Para já, as coisas estão a correr mal aos iranianos, que foram derrotados no primeiro jogo do grupo D por 3-1 pelo México.
Em caso de segunda derrota frente a Portugal, o Irão muito dificilmente passaria à fase seguinte do mundial, embora dependa também do resultado da véspera no jogo entre Angola e México.
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que o seu governo não foi informado até ao momento de que Ahmadinedjad pretenda visitar oficialmente a Alemanha.
Pelo sim, pelo não, responsáveis da área da coligação democrata-cristã e social-democrata no poder em Berlim já admitiram que o melhor seria Portugal derrotar o Irão para que o problema se resolva dentro das quatro linhas.
quarta-feira, junho 14, 2006
Futebol e Política
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