Mas na notícia do Diário Digital destaca-se a parte referente à polémica das caricaturas, em que Freitas do Amaral refere que este caso teve uma «consequência positiva» porque a sua intervenção «foi granjeada de respeito, admiração e receptividade nos países árabes moderados, com quem Portugal quer aprofundar as suas relações. Se eu não estou enganado, o primeiro país árabe a reagir foi o Irão, com o embaixador iraniano em Portugal a elogiar o executivo português. Com isto não quero mostrar que discordo do MNE, mas sim que apenas divergimos no conceito de "moderados"... Posto isto, só me resta desejar que a acção do MNE melhore neste ano em comparação com o ano passado, algo que julgo não será assim tão difícil.
domingo, abril 30, 2006
Balanço
Freitas do Amaral fez hoje uma pequena restrospectiva da sua prestação à frente da pasta dos Negócios Estrangeiros, onde considera que ainda tem muito para dar ao nosso país: "Não me considero politicamente morto, acho que ainda posso ter alguma coisa a dar ao meu país e enquanto for considerado útil e a saúde aguentar, estou disponível." Freitas do Amaral deu várias coisas ao nosso país neste último ano, uma das quais foi uma grande dor de cabeça a muitos bons portugueses devido à polémica dos cartoons, bem como inúmeras faltas nas reuniões em Bruxelas. Enfim, todos nós acreditamos que o sr. ministro ainda tenha muita coisa para dar...
Mas na notícia do Diário Digital destaca-se a parte referente à polémica das caricaturas, em que Freitas do Amaral refere que este caso teve uma «consequência positiva» porque a sua intervenção «foi granjeada de respeito, admiração e receptividade nos países árabes moderados, com quem Portugal quer aprofundar as suas relações. Se eu não estou enganado, o primeiro país árabe a reagir foi o Irão, com o embaixador iraniano em Portugal a elogiar o executivo português. Com isto não quero mostrar que discordo do MNE, mas sim que apenas divergimos no conceito de "moderados"... Posto isto, só me resta desejar que a acção do MNE melhore neste ano em comparação com o ano passado, algo que julgo não será assim tão difícil.
Mas na notícia do Diário Digital destaca-se a parte referente à polémica das caricaturas, em que Freitas do Amaral refere que este caso teve uma «consequência positiva» porque a sua intervenção «foi granjeada de respeito, admiração e receptividade nos países árabes moderados, com quem Portugal quer aprofundar as suas relações. Se eu não estou enganado, o primeiro país árabe a reagir foi o Irão, com o embaixador iraniano em Portugal a elogiar o executivo português. Com isto não quero mostrar que discordo do MNE, mas sim que apenas divergimos no conceito de "moderados"... Posto isto, só me resta desejar que a acção do MNE melhore neste ano em comparação com o ano passado, algo que julgo não será assim tão difícil.
sábado, abril 29, 2006
Quote of the Day
“We must plan for freedom, and not only for security, if for no other reason than that only freedom can make security secure”
Karl Popper
sexta-feira, abril 28, 2006
European Union
Czech President Vaclav Klaus presented his idea of the European Union as a community of sovereign states in his lecture at the World Affairs Council in Los Angeles on Tuesday local time.
"I suggest to redefine the whole concept of the European Union, not just to make cosmetic changes. I suggest going back to the intergovernmental model of European integration ... to the original concept of attempting to remove all kinds of barriers, going back to the consistent liberalisation and opening-up of all markets," Klaus said.
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quinta-feira, abril 27, 2006
Boas questões...
AA, no Arte da Fuga:
* Muito sugestivo o título deste post: "Bom nome" e gorilagem patrocinada pelo Estado.
Postpone your SS...
Não pude acompanhar o debate que ocorreu hoje na AR sobre Segurança Social, embora verdade seja dita, não esperava grandes soluções no decurso da discussão. Quando nas notícias tentava perceber o que se tinha argumentado, deparo-me com o nosso PM de dedo apontado à bancada do PSD a dizer bem alto 6,82!
Pronto, não foi necessário ver mais. Enquanto este clima pairar sobre a Assembleia, nada feito para reformar este sistema de segurança social, bem como outros problemas sérios. Continua-se a discutir mesquinhamente culpas passadas, e enquanto não se fartam, a solução passa por adiar este problema com "ajustamentos" à esperança média de vida... Haja paciência...
quarta-feira, abril 26, 2006
O Discurso
Uma grande desilusão. Fiquei surpreendido pelos fracos aplausos da esquerda e a vivacidade dos partidos mais à direita. Esperava o contrário. Numa perspectiva claramente socialista, Cavaco ficou muito aquém daquilo que se esperava. Não abordou os problemas com a seriedade e a profundidade que se esperava de um homem com o seu perfil. Preferiu cativar a população em vez de liderar a mudança, preferiu apostar na eterna associação de organismos públicos e civis, do que traçar linhas inequívocas do rumo que o país deve e tem de tomar. Numa senama onde se demonstrou que a crise está ainda entre nós e as reformas ainda estão muito longe de serem uma realidade, o nosso PR apelou à nossa consciência... Para aqueles que estavam preocupados com a eleição de um homem de direita, aqui está a prova inequívoca que o nosso PR pertence claramente à social-democracia. O sorriso de José Sócrates não poderia ser mais esclarecedor. Esperava-se muito melhor, pois passados 10 anos a ouvir discursos de Sampaio, parece que continuamos na mesma saga...
O Cravo
Choque. Foi a primeira impressão dos inúmeros meios de comunicação social sobre Cavaco Silva, quando este chegou à AR. Pela primeira vez na história da democracia portuguesa, um Presidente da República discursou perante o Parlamento sem um cravo na lapela. Se eu não conhecesse melhor este país, poderia até ficar preocupado com este tipo de declarações. Como já me vou habituando a este tipo de coisas, o fenómeno mediático em redor de uma mísera flôr, passou-me um pouco ao lado, até porque o discurso deixou-me de rastos (literalmente). Mas antes de passar ao discurso, queria deixar claro que creio que Cavaco até esteve bem em deixar de parte o cravo. Revela que é um homem prático, que não está ali para se dedicar a pormenores acessórios, quando a AR estava a transbordar de vermelho e o país tem problemas bem mais graves, que os botânicos...
25 de Abril
segunda-feira, abril 24, 2006
sábado, abril 22, 2006
Os Portugueses e a Economia
Portugal é um país estranho a diversos níveis, todos o reconhecem. Somos um país que parece condenado ao saudosismo da nossa História, e embora nos consideremos um país desenvolvido, pertencente à UE já há 20 anos, andamos sempre à procura de uma referência externa. São gastas quantias consideráveis em estudos, pesquisas e na construção de modelos para serem implementados no nosso país, sempre anunciados como o momento de viragem para Portugal. Porém, a realidade mostra-nos que estes projectos continuam empilhados em numerosas salas na cave de vários departamentos. Não somos capazes de elaborar um modelo próprio, e muito menos assimilar um modelo diferente.
Parece ser na economia que este retrato se torna mais visível. Quase todas as semanas os portugueses são levados a acreditar que finalmente, com duas ou três medidas, a economia vai começar a funcionar. O desemprego vai diminuir, os salários vão finalmente crescer acima da inflação, que afinal a Segurança Social não está em crise, ou que pelo menos, está a inverter-se o cenário. Mas depois chegam os gráficos, as tabelas provenientes das mais diversas instituições que mostram a triste realidade. Mas estes resultados, não mostram apenas como está a economia portuguesa, comparam também a evolução da economia do nosso país como a de outros. Chega até ao ponto de fazer recomendações para que a nosso desempenho melhore!
Foi durante esta semana que diversos relatórios foram publicados sobre a economia portuguesa. O relatório da OCDE diz muito claramente quais devem ser as linhas de acção do executivo: Flexibilização do mercado laboral, de modo a diminuir o desemprego; Equilíbrio das contas públicas; Redução da despesa do Estado; Aumento da concorrência no sector energético e das telecomunicações, entre muitas outras. Este relatório, bem como estas recomendações, vêm sendo veiculadas há muito tempo, mas por algum motivo Portugal opta pelas suas "medidas", fruto do investimento que fez nos mais diversos estudos sobre outros modelos de sucesso, que no fundo seguiram linhas de acção praticamente idênticas às da OCDE.
Passado tanto tempo, esperava-se que os portugueses compreendessem um pouco mais o rumo da nossa economia. Alguns partidos já captaram a ideia. Os partidos mais à esquerda na AR, sentiram-se preocupados com o relatório em dois aspectos. Um, pelo mau estado da nossa economia. Segundo, pela tendência liberal das medidas que o relatório propôe. Eu, por outro lado, fico preocupado se estas recomendações passarem de novo ao lado dos nossos governantes.
Foi durante esta semana que diversos relatórios foram publicados sobre a economia portuguesa. O relatório da OCDE diz muito claramente quais devem ser as linhas de acção do executivo: Flexibilização do mercado laboral, de modo a diminuir o desemprego; Equilíbrio das contas públicas; Redução da despesa do Estado; Aumento da concorrência no sector energético e das telecomunicações, entre muitas outras. Este relatório, bem como estas recomendações, vêm sendo veiculadas há muito tempo, mas por algum motivo Portugal opta pelas suas "medidas", fruto do investimento que fez nos mais diversos estudos sobre outros modelos de sucesso, que no fundo seguiram linhas de acção praticamente idênticas às da OCDE.
Passado tanto tempo, esperava-se que os portugueses compreendessem um pouco mais o rumo da nossa economia. Alguns partidos já captaram a ideia. Os partidos mais à esquerda na AR, sentiram-se preocupados com o relatório em dois aspectos. Um, pelo mau estado da nossa economia. Segundo, pela tendência liberal das medidas que o relatório propôe. Eu, por outro lado, fico preocupado se estas recomendações passarem de novo ao lado dos nossos governantes.
sexta-feira, abril 21, 2006
Gestão Privada
Joana Amaral Dias, no Bicho Carpinteiro:
Relativamente à gestão privada, não podia estar mais em desacordo. O Estado retira aos cidadãos a sua liberdade, como consequência de actos ilícitos. Mas entregar a “gestão” da privação da liberdade, dessa pena máxima, a privados, não é admissível.
JAD considera inadmissível a "gestão" da privação da liberdade, mas não dá nenhuma razão para tal. Qual será a diferença entre uma gestão privada e estatal? A última é geralmente mais ineficiente, e portanto os contribuintes não vêm os seus impostos gastos da melhor maneira. Se tivermos em conta que o Estado sente cada vez mais dificuldades na gestão na área da justiça, parece um acordo que agrada a ambas as partes.
Ou será que JAD está preocupada com problemas mais técnicos, como a segurança? É que mesmo neste aspecto, não sei se ganharia o argumento...
Psicologia na blogosfera
Pacheco Pereira dedica-se agora à investigação do perfil psicológico das centenas de anónimos que diariamente espalham mensagens nas mais diversas caixas de comentários. Achei piada à reflexão, embora ache que existam temas bem mais pertinentes e úteis para discutir. Mas pronto, é bom para descontrair...
quarta-feira, abril 19, 2006
Surpresa?
O boletim económico de Primavera, divulgado terça-feira pelo Banco de Portugal, afirma que a economia portuguesa tem registado um «reduzido crescimento tendencial» da produtividade do trabalho. Entre as razões da fraca produtividade da economia portuguesa, além dos choques económicos comuns à Zona Euro, a instituição aponta choques específicos de Portugal.
(...)
O sucessivo agravamento da carga fiscal e a incerteza sobre a forma como vão ser resolvidos os desequilíbrios da economia portuguesa também têm dificultado o crescimento da produtividade e retirado capacidade de crescimento à actividade económica, refere o boletim.
Quase parece que andámos a ser anestesiados por este governo, com todos aqueles programas jeitosos apresentados com tanta pompa... Deve ser impressão minha.
Recomendado: O Erro de Fukuyama
Apenas hoje tive oportunidade de ler o excelente artigo do Rodrigo Adão da Fonseca, para a Revista Dia D. Uma leitura obrigatória!
terça-feira, abril 18, 2006
Aniversário
Mesmo com um dia de atraso, não poderia deixar passar o segundo aniversário do Filho do 25 de Abril, felicitando o Ricardo pelo excelente blog que vem construindo. Embora os posts não tenham agora tanta regularidade, a qualidade mantem-se inalterada. É sabido que eu e o Ricardo não partilhamos da mesma opinião em diversos temas, mas torna-se um prazer trocar ideias e argumentos com ele, como tivémos oportunidade de o fazer neste último ano.
Grande abraço, e continuação de bons posts!
Grande abraço, e continuação de bons posts!
segunda-feira, abril 17, 2006
Top 10 Jobs
domingo, abril 16, 2006
Memória - 1506
Antes que el Rei fosse de Lisboa para Almeirim, ordenou Tristão da Cunha à Índia por capitão de uma armada, da qual, e do que nesta viagem se fez se dirá adiante, no ano de mil quinhentos e oito, em que tornou. Pelo que nestes dois capítulos, que são já derradeiros desta primeira parte tratarei de um tumulto, e levantamento, que aos dezanove dias de Abril, deste ano de mil quinhentos e seis, em Domingo de Pascoela fez em Lisboa contra os cristãos-novos, que foi pela maneira seguinte. No mosteiro de São Domingos da dita cidade estava uma capela a que chamava de Jesus, e nela um crucifixo, em que foi então visto um sinal, a que davam cor de milagre, com quanto os que na igreja se acharam julgavam ser o contrário dos quais um cristão-novo disse que lhe parecia uma candeia acesa que estava posta no lado da imagem de Jesus, o que ouvindo alguns homens baixos o tiraram pelos cabelos de arrasto para fora da igreja, e o mataram, e queimaram logo o corpo no Rossio. Ao qual alvoroço acudiu muito povo, a quem um frade fez uma pregação convocando-os contra os cristãos-novos, após o que saíram dois frades do mosteiro, com um crucifixo nas mãos bradando, heresia, heresia, o que imprimiu tanto em muita gente estrangeira, popular, marinheiros de naus, que então vieram da Holanda, Zelândia, e outras partes, ali homens da terra, da mesma condição, e pouca qualidade, que juntos mais de quinhentos, começaram a matar todos os cristãos-novos que achavam pelas ruas, e os corpos mortos, e os meio vivos lançavam e queimavam em fogueiras que tinham feitas na Ribeira e no Rossio a qual negócio lhes serviam escravos e moços que com muita diligência acarretavam lenha e outros materiais para acender o fogo, no qual Domingo de Pascoela mataram mais de quinhentas pessoas. A esta turma de maus homens, e dos frades, que sem temor de Deus andavam pelas ruas concitando o povo a esta tamanha crueldade, se ajuntaram mais de mil homens da terra, da qualidade dos outros, que todos juntos segunda-feira continuaram nesta maldade com maior crueza, e por já nas ruas não acharem cristãos-novos, foram cometer com vaivéns e escadas as casas em que viviam, ou onde sabiam que estavam, e tirando-os delas de arrasto pelas ruas, com seus filhos, mulheres, e filhas, os lançavam de mistura vivos e mortos nas fogueiras, sem nenhuma piedade, e era tamanha a crueza que até nos meninos, e nas crianças que estavam no berço a executavam, tomando-os pelas pernas fendendo-os em pedaços, e esborrachando-os de arremesso nas paredes. Nas quais cruezas não se esqueceram de meter a saque as casas, e roubar todo o ouro, prata, e enxovais que nelas acharam, vindo o negócio a tanta dissolução que das igrejas tiraram muitos homens, mulheres, moços, moças, destes inocentes, despegando-os dos Sacrários, e das imagens de nosso Senhor, e de nossa Senhora, e outros Santos, com que o medo da morte os tinha abraçado, e dali os tiraram, matando e queimando sem nenhum temor a Deus assim a elas como a eles. Neste dia pereceram mais de mil almas, sem que na cidade alguém ousasse de resistir, pela pouca gente de sorte que nela havia por estarem os mais dos honrados fora, por causa da peste. E se os alcaides, e outras justiças, queriam acudir a tamanho mal, achavam tanta resistência, que eram forçados a se recolher a parte onde estivessem seguros, de não acontecer o mesmo que aos cristãos-novos. (…) Passado este dia, que era o segundo desta perseguição, tornaram terça-feira este danados homens a prosseguir a sua crueza, mas não tanto quanto nos outros dias porque já não achavam quem matar, pois todos os cristãos-novos que escaparam desta tamanha fúria, serem postos a salvo por pessoas honradas, e piedosas que nisto trabalharam tudo o que neles foi.Damião de Góis
in, Chronica do Felicissimo Rey D. Emanuel da Gloriosa Memória
[Via Rua da Judiaria]
A ler...
"O que é Sócrates"
A crónica semanal de António Barreto, hoje no Público. (link não disponível)
A crónica semanal de António Barreto, hoje no Público. (link não disponível)
Reality Show
O líder da Juventude Popular, João Almeida, vai apresentar uma moção alternativa à da candidatura do actual líder do CDS/PP. Com tantos congressos extraordinários, e os candidatos a multiplicarem-se, recordo ainda quem falava num vazio de candidatos no seio deste partido após a saída de Paulo Portas. Mas uma coisa é certa, a qualidade dos candidatos...
Ainda sobre as ausências...
Tornaram-se quase ridículas a troca de acusações entre as várias bancadas parlamentares para justificar a debanda de deputados. Os dedos estendidos na direcção dos opositores, mostram a mesquinhez que assolou esta classe neste tipo de assuntos. Enfim, bastava terem explicado que trabalham demasiado e necessitavam urgentemente de férias. Até porque, esta parece ser uma explicação muito em voga no nosso país, nas mais diversas áreas...
Serviço Público
O Tiago Barbosa Ribeiro, autor do Kontratempos, decidiu criar uma iniciativa de modo a "promover a divulgação de actos administrativos que podem ser desburocratizados na função pública, pequenos obstáculos que surgem na vida de todos os dias e que as medidas mais macro do governo dificilmente conseguirão eliminar."
Para saber mais, consulte este post.
Para saber mais, consulte este post.
quinta-feira, abril 13, 2006
Samuel Beckett
quarta-feira, abril 12, 2006
Recomendado
As Edições Praedicare convidam para a sessão de lançamento do livro de André Azevedo Alves
Ordem, Liberdade e Estado
Uma reflexão crítica sobre a filosofia política em Hayek e Buchanan
a ter lugar no Rivoli (Cafetaria-Bar, 3º piso) no Porto, no próximo dia 12 de Abril de 2006, às 21.30, com apresentação de Paulo Castro Rangel e Rui de Albuquerque. A sessão será presidida por José Manuel Moreira.
Seguir-se-ão uma sessão em Lisboa, no dia 18, pelas 18.00 no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa (com apresentação de Rui Ramos) e uma sessão em Aveiro, no dia 20, pelas 19.45 no Hotel Meliá (com apresentação de Maria Luís Rocha Pinto e Tom Palmer).
CPE
Il Professore
Depois de uma noite de muitas incertezas, Romano Prodi lá conseguiu se declarar vencedor destas eleições. A disputa das décimas deu vantagem ao líder da coligação centro-esquerda, embora a oposição de centro-direita não aceite a derrota e já exigiu a recontagem dos votos. A "coligação laica, liberal e cristã" como Berlusconi a definiu, promete dificultar os primeiros dias do executivo.
Num país como Itália, e com o tipo de coligações que estavam em jogo, é difícil saber se esta vitória corresponde ao melhor que os Italianos podiam desejar. De um lado um político populista, demagógico e com um vasto historial de corrupção, por outro uma coligação de numerosos partidos de esquerda liderados por um homem fraco, com pouco carisma e cujos últimos anos à frente da Comissão Europeia deixaram muito a desejar. Mesmo assim, creio que o mal maior foi evitado, com o afastamento de Berlusconi do poder. O saneamento das contas públicas, o controle da dívida pública, a reforma do sistema político e retirar o país da estagnação económica, são desafios que parecem quase impossíveis para uma coligação liderada por Prodi. Pelo menos em matéria europeia as notícias devem ser melhores, já que depois da posição (anti)europeísta de Berlusconi, era difícil as coisas ficarem piores...
terça-feira, abril 11, 2006
2ª Parte - Prós e Contras
No meio da "Decadência" e da "Liberdade", só comento uma frase dita por João César das Neves: "Em Economia, [a Europa] ainda não está muito mal".
Discutível, muito discutível, mas enfim...
Discutível, muito discutível, mas enfim...
segunda-feira, abril 10, 2006
Prós e Contras
Em grande António Barreto. É ele que está a levantar as questões fundamentais acerca do tema em discussão. A sua reflexão, livre de atritos políticos e religiosos, tem sido a mais interessante e profunda.
Re: Proibição
A propósito deste post do BrainstormZ, a resposta que dei na caixa de comentários pode-se resumir com a minha frase final:
A questão é simples: Existem aqueles que privilegiam os direitos de propriedade em detrimento da liberdade individual, outros que não.
A questão é simples: Existem aqueles que privilegiam os direitos de propriedade em detrimento da liberdade individual, outros que não.
Confusos
Os resultados e projecções que nos chegam de Itália. Só acredito quando tiver nas mãos os resultados finais...
domingo, abril 09, 2006
Absolutamente Lamentável
Freitas do Amaral não vai à reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE) da União Europeia (UE), que decorre amanhã no Luxemburgo, por "cansaço e por ter estado 15 dias ausente do país, no Canadá e em Luanda", disse ao JN, o porta-voz do MNE, Carneiro Jacinto. Além da agenda da reunião - em que será anunciada a suspensão da ajuda financeira da UE ao governo palestiniano decidida esta sexta-feira - "não ter nenhum interesse" (...)
[Via Blasfémias]
Perante esta notícia, apenas me ocorreu o nome que Marcelo Rebelo de Sousa referiu a alguns minutos na RTP. Francisco Seixas da Costa, actual Embaixador de Portugal no Brasil. "Fixem bem este nome, bem poderá ser o próximo MNE lá para finais de 2007..."
Não esquecer que nos finais de 2007 será Portugal a assumir a Presidência do Conselho Europeu. Será que Freitas do Amaral conseguirá manter-se em funções até lá?
sábado, abril 08, 2006
The End
Passados dois anos, O Acidental termina a sua jornada pela blogosfera. Foi neste blog que se juntaram grandes figuras da escrita, e embora não simpatizando com muitas das opiniões e estilos veiculados neste blog, a verdade é que O Acidental tornou-se num marco de referência para a direita em Portugal.
Resta-me apenas felicitar o PPM e os restantes acidentais por estes dois anos, esperando poder encontrá-los por outras bandas...
Resta-me apenas felicitar o PPM e os restantes acidentais por estes dois anos, esperando poder encontrá-los por outras bandas...
sexta-feira, abril 07, 2006
Imaturidade...
Escreve o AA, no Arte da Fuga:
Será que o AA se refere aos fumadores ou aos não fumadores? É que agora fiquei confuso...
Será que o AA se refere aos fumadores ou aos não fumadores? É que agora fiquei confuso...
Discriminação?
Escreve o João Miranda, no Blasfémias:
Isto é, podem existir salas para fumadores desde que essas salas se encontrem em restaurantes que também tenham salas para não fumadores, mas não podem existir restaurantes só para fumadores, apesar de poderem existir restaurantes só para não fumadores.
Ou seja, um fumador pode entrar em qualquer restaurante, optando por fumar ou não fumar consoante as indicações. No caso de entrar num espaço para não-fumadores, faz um esforço e respira aquele ar... Um não fumador, se não quiser estar a inalar fumo alheio, só teria uma hipótese que era um espaço onde fosse proibido fumar.
Desta forma, aconselhar-se-ia todos a fumarem, já que assim teriam mais hipóteses de escolha...
quinta-feira, abril 06, 2006
Proibição
quarta-feira, abril 05, 2006
Golden Share
A Comissão Europeia ameaça levar Portugal ao Tribunal Europeu da Justiça, caso o Governo Português não abdique dos direitos especiais que possui na PT.
Felizmente, parece que as instâncias judiciais da UE são bem mais rápidas que as nossas. Más notícias para alguns representantes "estatistas" do nosso governo...
Leitura recomendada: Os Ayatholas do 25 de Abril
terça-feira, abril 04, 2006
Arquivo "Bodegas"
De modo a tornar mais fácil a pesquisa de certos textos que escrevi e tentando organizar um pouco este blog, decidi criar um Arquivo.
Por enquanto seleccionei poucos textos, apenas aqueles que considerei mais interessantes e relevantes. Logo que tenha tempo, e alguma paciência, tento organizar a maioria dos posts deste blog por temas.
segunda-feira, abril 03, 2006
Discriminação
Paulo Lopes Marcelo, publicou um interessante artigo no Diário Económico sobre o tão badalado tema do casamento homossexual. Não querendo entrar em grandes discussões, que se podem prolongar demasiado, apenas destaco um parágrafo que me chamou à atenção.
Este parágrafo chamou-me à atenção, tanto por abordar o tema da discriminação bem como o da filiação. Ao contrário de outros, não creio que o tema seja tão simples e banal que se deva deslizar de forma rápida. No entanto, acho que Paulo Lopes Marcelo cai no erro de tentar estabelecer uma relação unívoca entre casamento e descendência, e é com base neste argumento que procura justificar a interdição ao casamento por parte de pessoas do mesmo sexo.
A possibilidade de gerar filhos, é a única condição para existir casamento. Esta é a ideia subjacente ao texto. Porém, não é aqui discutido a finalidade do casamento, um ponto que não cesso de referir nas discussões que tenho. Não basta olharmos para os requisitos do casamento, é necessário olhar para quais são os seus objectivos.
Basta o contrato entre duas pessoas (a que se dá o nome de casamento), possuir benefícios, privilégios ou vantagens fora do âmbito da descendência, que automaticamente está a discriminar a vontade de certas pessoas. É neste sentido que é absolutamente vital esclarecer as incongruências que existem.
Um pouco mais à frente PLM refere: "admitir o casamento homossexual conduz, inevitavelmente, à adopção de crianças por casais homossexuais." Não vejo nenhuma razão para tal. A adopção não pode ser levada a cabo por casais homossexuais, por razões de ordem exlusivamente naturais. Este é um ponto assente na minha opinião. O que está em causa no "casamento" ou como eu prefiro chamar, contrato, são os direitos que existem fora do âmbito familiar e de filiação. Estes sim, constituem discriminação.
Retrato político do fim-de-semana
- Freitas do Amaral ainda não foi demitido, mesmo depois da humilhante viagem ao Canadá.
- José Sócrates leva um terço do PIB a Angola (em empresários...). Espero que não se esqueça de os trazer, já que eles ainda são úteis em Portugal.
- Freitas do Amaral ainda é o MNE de Portugal...
sábado, abril 01, 2006
Aniversário
Muitos parabéns aos autores do Dolo Eventual pelo primeiro aniversário do excelente blog que construíram. E para comemorar um aniversário, nada melhor que uma boa contratação, certo?
A morte da direita?
Filipe Rodrigues da Silva, assina um editorial no Diário Digital intitulado "Roma, capital Funchal". FRS faz algumas interessantes analogias, como a semelhança política de Berlusconi e Alberto João Jardim, afirmando que estes constituem "aberrações democráticas" e que personagens como estas são as responsáveis pela morte política da direita.
Eu sinceramente considero o problema mais grave do que este. É que para todos os efeitos, estes dois políticos de "direita" são responsáveis por fabulosas vitórias eleitorais. De notar que a governação de Berlusconi é uma das maiores da história política do país, e quanto a Alberto João Jardim nem se fala. O que é necessário compreender, é que o paradigma cultural e político está a alterar-se rapidamente. O espaço do populismo está cada vez mais apertado, e estas novas regras incidem tanto na direita como na esquerda. Porém, a direita permanece demasiado estática sobre si mesma, ao contrário da esquerda. Políticos como Berlusconi e Alberto João Jardim não são os responsáveis pela morte política da direita, já que estes apenas se limitaram a escolher uma via na direita para a levar ao poder. O problema da direita, está nos restantes militantes que se acomodaram com este tipo de situação e só hoje começam a se aperceber disso. E mesmo assim, passado este tempo de reflexão, ainda não encontram o líder e o programa para avançar. É por este motivo que a evolução da direita tem de passar por uma política liberal, pois sem esta perspectiva arrisca-se a permanecer com a falta de dinamismo que a conduziu a esta situação.
Eu sinceramente considero o problema mais grave do que este. É que para todos os efeitos, estes dois políticos de "direita" são responsáveis por fabulosas vitórias eleitorais. De notar que a governação de Berlusconi é uma das maiores da história política do país, e quanto a Alberto João Jardim nem se fala. O que é necessário compreender, é que o paradigma cultural e político está a alterar-se rapidamente. O espaço do populismo está cada vez mais apertado, e estas novas regras incidem tanto na direita como na esquerda. Porém, a direita permanece demasiado estática sobre si mesma, ao contrário da esquerda. Políticos como Berlusconi e Alberto João Jardim não são os responsáveis pela morte política da direita, já que estes apenas se limitaram a escolher uma via na direita para a levar ao poder. O problema da direita, está nos restantes militantes que se acomodaram com este tipo de situação e só hoje começam a se aperceber disso. E mesmo assim, passado este tempo de reflexão, ainda não encontram o líder e o programa para avançar. É por este motivo que a evolução da direita tem de passar por uma política liberal, pois sem esta perspectiva arrisca-se a permanecer com a falta de dinamismo que a conduziu a esta situação.
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