sábado, abril 01, 2006

A morte da direita?

Filipe Rodrigues da Silva, assina um editorial no Diário Digital intitulado "Roma, capital Funchal". FRS faz algumas interessantes analogias, como a semelhança política de Berlusconi e Alberto João Jardim, afirmando que estes constituem "aberrações democráticas" e que personagens como estas são as responsáveis pela morte política da direita.

Eu sinceramente considero o problema mais grave do que este. É que para todos os efeitos, estes dois políticos de "direita" são responsáveis por fabulosas vitórias eleitorais. De notar que a governação de Berlusconi é uma das maiores da história política do país, e quanto a Alberto João Jardim nem se fala. O que é necessário compreender, é que o paradigma cultural e político está a alterar-se rapidamente. O espaço do populismo está cada vez mais apertado, e estas novas regras incidem tanto na direita como na esquerda. Porém, a direita permanece demasiado estática sobre si mesma, ao contrário da esquerda. Políticos como Berlusconi e Alberto João Jardim não são os responsáveis pela morte política da direita, já que estes apenas se limitaram a escolher uma via na direita para a levar ao poder. O problema da direita, está nos restantes militantes que se acomodaram com este tipo de situação e só hoje começam a se aperceber disso. E mesmo assim, passado este tempo de reflexão, ainda não encontram o líder e o programa para avançar. É por este motivo que a evolução da direita tem de passar por uma política liberal, pois sem esta perspectiva arrisca-se a permanecer com a falta de dinamismo que a conduziu a esta situação.

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