Depois de uma noite de muitas incertezas, Romano Prodi lá conseguiu se declarar vencedor destas eleições. A disputa das décimas deu vantagem ao líder da coligação centro-esquerda, embora a oposição de centro-direita não aceite a derrota e já exigiu a recontagem dos votos. A "coligação laica, liberal e cristã" como Berlusconi a definiu, promete dificultar os primeiros dias do executivo.
Num país como Itália, e com o tipo de coligações que estavam em jogo, é difícil saber se esta vitória corresponde ao melhor que os Italianos podiam desejar. De um lado um político populista, demagógico e com um vasto historial de corrupção, por outro uma coligação de numerosos partidos de esquerda liderados por um homem fraco, com pouco carisma e cujos últimos anos à frente da Comissão Europeia deixaram muito a desejar. Mesmo assim, creio que o mal maior foi evitado, com o afastamento de Berlusconi do poder. O saneamento das contas públicas, o controle da dívida pública, a reforma do sistema político e retirar o país da estagnação económica, são desafios que parecem quase impossíveis para uma coligação liderada por Prodi. Pelo menos em matéria europeia as notícias devem ser melhores, já que depois da posição (anti)europeísta de Berlusconi, era difícil as coisas ficarem piores...
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