segunda-feira, julho 31, 2006

Diga lá Excelência: Luís Amado

Gostei da entrevista e principalmente da postura do novo MNE. Finalmente, parece que a diplomacia portuguesa tem uma imagem decente e um rumo credível.

Dúvida II

Depois de uma primeira semana bastante intensa, Javier Solana, o representante da política externa da UE, parece ter tirado umas férias. É verdade que a sua acção e os seus poderes são muito limitados, mas sempre dá melhor imagem que uma diplomacia europeia colada à imagem francesa...

Dúvida

Qual é a razão para transmitir constantemente imagens do Ministro dos Negócios Estrangeiros Francês, Philippe Douste-Blazy, sempre que as televisões se referem à diplomacia europeia?

sexta-feira, julho 28, 2006

Fundraising




Matt Davies, The Journal News

Tortura (??)



Holidays II



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Holidays I



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quarta-feira, julho 26, 2006

Sensatas, evidentes e conhecidas de há muito...

As declarações de José Rodrigues dos Santos a partir de Beirute. Também ouvi e concordo com JPP:

A opinião de Benjamin Netanyahu


"No Cease-Fire. Remove Hezbollah's missiles - or destroy them.", por Benjamin Netanyahu:

Some 44 years ago, when Soviet missiles in neighboring Cuba threatened American cities, John F. Kennedy set one goal and ultimately prevailed in achieving it: Remove the missiles. Today, when Israel's cities are pummeled by Hezbollah missiles launched from neighboring Lebanon, our goal should be the same: Remove the missiles. Or destroy them.

It is not enough to push Hezbollah 30 kilometers north of the border. Hezbollah rockets have a range of up to 200 kilometers, and could easily be fired from Beirut. Nor is it enough to achieve a cease fire. With its missile arsenal intact, Hezbollah could re-emerge triumphant a year or two from now and again menace Israel's population.

###

(...)

In direct violation of U.N. Security Council Resolution 1559--which specifically calls for the disarming of all militias in Lebanon--Hezbollah has used its de facto territorial control over southern Lebanon to amass a deadly arsenal of over 12,000 rockets. Some of these missiles are Iranian-made and bring over one-half of Israel's population within range of the terrorist proxies of a fanatic Iranian regime that denies the Holocaust and is planning a new one with its promise to "wipe Israel off the map."

Imagine what the U.S. would do if, on its northern border, a terror state-within-a-state pledged to its destruction was established from which flurries of missiles were fired at Chicago, its third-largest city. With that in mind, to suggest, as some have, that Israel is not acting with restraint is preposterous. Unlike Hezbollah, which is indiscriminately launching hundreds of missiles at Israeli cities and towns to kill as many civilians as possible, Israel is using only a fraction of its firepower and is in fact acting with great care to minimize harm to civilians. But because Hezbollah not only targets civilians but also uses them as human shields by hiding its missile launchers in population centers, Hezbollah has deliberately placed innocent Lebanese civilians in harm's way.

(...)

In order for the global terror network to be dismantled, its support by sovereign states must end--whether that supports comes in the form of actively perpetrating terror attacks (as in the case of Iran and the Hamas-led Palestinian Authority), providing safe havens for terror groups (as in the case of Syria) or not acting against terror groups within their borders (as is the case in Lebanon). A world in which the international community does not hold states accountable for the terrorism that emanates from within their borders is a world in which the war on terror cannot be won.

That is why any cease-fire or diplomatic effort that does not have as its objective the disarming of Hezbollah will only strengthen the forces of terror. And that is also why the world should fully support Israel in disarming Hezbollah--for Israel's sake, for Lebanon's sake and for the sake of our common future.

terça-feira, julho 25, 2006

Solidariedade?

(Texto publicado na Revista Dia D, no dia 24 de Julho de 2006)


Desde o passado mês de Junho que todos os passageiros que partam de aeroportos de França terão de pagar uma “taxa de solidariedade”. A medida aplicada surge na sequência de uma grande pressão por parte do Presidente francês Jacques Chirac, de modo a criar um fundo de ajuda aos países mais pobres. As companhias aéreas opuseram-se à medida, argumentando que com a actual subida do preço do petróleo já é muito difícil manter preços competitivos, e que com esta taxa os problemas agravar-se-ão.

Desenganem-se aqueles que julgam que este é apenas mais um capricho de Jacques Chirac, pois alguns países europeus já estão a ponderar taxas idênticas. Porém, aquilo que à primeira vista parece ser uma medida com um objectivo louvável, pode na verdade esconder factos não tão positivos.

Ainda assim, é questionável se as contínuas transferências de capital para os países menos desenvolvidos constituem o melhor processo para o seu desenvolvimento, tendo em conta o destino que esses mesmos países dão aos fundos. Não obstante, tal será uma questão fica para um futuro próximo. Foquemo-nos apenas no imposto e no conceito de ‘solidariedade’.

O que se tem assistido ultimamente – e esta medida exemplifica bastante bem esse facto – é que a solidariedade já não parte das pessoas, mas sim do Estado. A solidariedade já não é o fruto de doações voluntárias para determinadas causas, não envolve uma cooperação individual com determinadas organizações. A solidariedade é cada vez mais realizada utilizando meios coercivos, como os impostos. Quase parece um paradoxo que uma acção de generosidade para com o próximo tenha assumido este carácter. Mas a verdade é que infelizmente este parece ser o rumo que as coisas estão a seguir, tudo em nome do tão apregoado “bem comum”.

Este conceito, muito popularizado na nossa sociedade, constituiu um termo algo duvidoso, para não dizer ininteligível. Se tivermos em conta que é uma ideia generalizada que o Estado está ao serviço do bem comum, compreende-se então que a nossa sociedade precisa urgentemente de reorganizar a visão que tem. O “bem comum” não é mais que um produto utópico, que nasce da ideia de que o Estado é uma instituição quase perfeita, eticamente incorruptível e que age sempre em prol de todos os cidadãos de modo perfeitamente equitativo.

Ora, sendo o Homem um ser livre e autónomo, que jamais poderá viver numa sociedade igualitária dada a sua natureza, justificar uma solidariedade ‘à força’ baseando-se no ‘bem comum’, não faz sentido. Para além do mais, esta imposição de solidariedade por parte de um poder executivo, corresponde a um esvaziamento do próprio acto de doação. Podemos dizer que assistimos nos dias de hoje a uma transferência de responsabilidades do cidadão para o Estado, tendo este movimento repercussões na própria sociedade. Para além de constituir um problema de restrição de liberdades (já que cada um deve ser livre de poder escolher se quer ou não contribuir para um determinado fundo de solidariedade), pode ser também um factor de desagregação social, dado que o imperativo moral de muitas pessoas é transferido para a instituição Estado.

Mas aqueles que defendem a “taxa de solidariedade”, e que se confrontam com os argumentos que apresento para questioná-la, colocam uma dúvida pertinente: Será que devolvido o poder de escolha e a responsabilidade às pessoas, o acto de solidariedade manter-se-á? É sempre difícil responder a este tipo de questões, mas se um liberal vai buscar à natureza humana o seu conceito de Estado e sociedade, porque não apoiar-se na natureza do Homem para tentar compreender o que sucederia? O que verificamos é que mesmo com a imposição de algumas taxas, o Homem procura contribuir com o pouco que possui. Possuindo a liberdade e a responsabilidade da construção da sociedade onde vive, creio que poderemos esperar o melhor de uma grande parte da sociedade. As vantagens são inúmeras, tanto para cada cidadão, como para o próprio acto solidário, pois num sistema mais livre e aberto, as organizações tenderão a ser mais eficazes, de modo a tentar cativar mais incentivos às suas acções. Ganharia a sociedade que contribui, e ganharia aquela que é ajudada.

segunda-feira, julho 24, 2006

Condoleezza Rice


Ana Gomes

Ao fim de um longo período de tempo, tive oportunidade de voltar a ver Ana Gomes. A eurodeputada participou no programa da 2, "Eurodeputados". Bastou ver o programa durante alguns minutos para perceber que a Dra. Ana Gomes continua a "dominar" toda e qualquer conversa, impondo as suas opiniões anti-americanas, anti-CIA, anti-etc aos quatro ventos, tendo neste programa como fiel animal de estimação, Miguel Portas. Não foi uma completa perda de tempo. É nestas alturas que nos apercebemos que afinal o jejum televisivo não é assim tão mau como o pintam, principalmente se isso tem como bónus, não ter que ouvir o discurso de Ana Gomes.

Paula Teixeira da Cruz

Fiquei impressionado com a prestação de Paula Teixeira da Cruz no programa de ontem do "Diga lá Excelência". Dado que nunca a tinha ouvido falar ao vivo e apenas conhecia as suas ideias e opiniões a partir de jornais, foi com bastante interesse e agrado que assisti à entrevista. Embora continue a discordar dela em inúmeras matérias, fiquei impressionado com a clareza de ideias e o excelente discurso persuasivo. Não me resta qualquer dúvida que a senhora no futuro vai dar cartas no PSD.

domingo, julho 23, 2006

Nuclear Letters


Depois de George W. Bush e Angela Merkel, o Presidente Iraniano Mahmoud Ahmadinejad escreve a Jacques Chirac. Aceitam-se apostas sobre qual será o próximo líder a receber uma missiva...

sexta-feira, julho 21, 2006

Sobre o novo livro de Nicolas Sarkozy


The French need to work harder and display less arrogance, if they are to recapture former glories, Nicolas Sarkozy, the Interior Minister, tells his countrymen in a highly personal 281-page book published yesterday.

Témoignage (Testimony) has an initial print run of 130,000 copies and M Sarkozy’s publisher, XO Editions, hopes that the work will become a summer blockbuster.

M Sarkozy hopes that it will be a launch pad to the presidency next year.

(...)

If Americans opt for presidents who enshrine success and opportunity, French voters prefer heads of state with experience of pain and failure. M Sarkozy, who is 51 — relatively young for a French presidential candidate — says that he now has just that.

His argument represents an electoral gamble in a country that has repeatedly voted in favour of generous welfare payments and extensive leisure time — and which will be invited by the Socialist Party to do the same again in the presidential election next spring.

“I believe that deep in French society there is a strong demand for the restoration of certain values of the Republican right: work, respect for authority, the family, individual responsibility,” he says. Although he denies personal animosity for his rival, President Chirac, he makes no attempt to hide their fundamental political differences.

He criticises almost every significant decision that M Chirac has taken, including the threat to veto a UN resolution on the war in Iraq and approval of Turkey’s entry into the EU.

And in a comment that will infuriate traditionalists, he says that the French should no longer insist on speaking their own language in international negotiations and instead should use English.

What Horror Movie Character Are You?



Holidays


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segunda-feira, julho 17, 2006

Israel - O Conflito



Embora estando com bastante trabalho e o tempo para escrever aqui no blog seja algo escasso, não podia deixar passar muito mais tempo para expressar a minha opinião sobre o conflito que se desenrola no Médio Oriente.

Não existem dúvidas que os contínuos ataques a Israel, tanto pelo Hamas como pelo Hezbollah, tiveram uma coordenação digna de registo. Esta é uma novidade importante para compreender o rumo que o conflito está a tomar. É importante também ter em conta, que estes ataques tiveram o apoio da Síria e do Irão, numa tentativa clara de desequilibrar o clima na zona.

O rapto de soldados israelitas levado a cabo por um grupo de terroristas constituiu uma ofensa e uma provocação a Israel. O PM Ehud Olmert, com toda a legitimidade para tal, exigiu a libertação dos dois soldados e empregou os meios necessários para os recuperar dos raptores, bem como garantir a segurança dos seus cidadãos.

É impressionante verificar algumas opiniões, em que se acusa Israel de estar a quebrar as regras do Direito Internacional, quando em seu redor existem organizações terroristas apoiadas directa ou indirectamente por nações, cujas acções envolvem ataques aos cidadãos e aos princípios que regem o regime democrático de Israel.

Se a estratégia de Israel para se defender está a revelar-se eficaz, ou até que ponto Ehud Olmert poderá estar a arriscar-se quando respondeu às provocações, é uma questão bem mais complexa. Mas que fique esclarecida a minha posição no assunto e o lado com quem estou solidário.

Ainda sobre Vasco Pulido Valente e António Borges...


Só hoje tive oportunidade de ler o artigo de Vasco Pulido Valente (Público de ontem), onde este assume a defesa da liderança de Marques Mendes no PSD perante alguns críticos internos, nomeadamente António Borges. Que o líder do PSD tinha caído nas graças do comentador, todos nós já sabíamos, basta relembrar o programa Diga lá Excelência. Este artigo é apenas a confirmação daquilo que muitos pensaram (por exemplo eu), ter sido uma interferência no rádio, o momento em que VPV afirma que Marques Mendes seria um bom PM.

Sobre as razões que levam o comentador mais "corrosivo" da imprensa portuguesa a elogiar um político (alguém se lembra qual o último elogio que VPV escreveu nas suas crónicas?) como Marques Mendes, é algo sobre o qual não me debruço.

Mas sobre António Borges, existe algo a dizer. A entrevista que deu ao Expresso foi um erro, que fique bem marcado. É óbvio que uma pessoa ambiciosa como António Borges deseja progressivamente marcar posição no partido. A última moção que apresentou no congresso reflecte isso mesmo. Porém, Borges continua a esquecer-se de um pormenor importante: ainda não compreendeu qual a razão porque não cai nas graças dos militantes e simpatizantes sociais-democratas. A sua postura demasiado elegante de fazer política, de não se dignar a meter as mãos no trabalho mundano do partido, reservando-se com a sua "equipa de intelectuais" para o momento ideal, é óbvio que não colhe a boa vontade dos filiados. O Prof. António Borges é sem sombra de dúvida das pessoas mais competentes e mais capazes para liderar o PSD, já o disse várias vezes. É com muita pena minha que o vejo a ter um discurso elitista e egocêntrico. Neste aspecto (e apenas neste), não seria mau António Borges olhar mais para o precurso de José Sócrates.

Outro Aniversário


Os meus parabéns ao Mário Almeida, pelo segundo aniversário d'A Fonte. Que os posts (recuso-me a dizer "postas"...) continuem com a mesma qualidade de sempre!

Aniversários na blogosfera

Mesmo com algum atraso, não poderia deixar de felicitar o Bruno Alves do Desesperada Esperança e o Luís Carmelo do Miniscente pelo aniversário dos seus blogs. A ambos os meus parabéns.

sexta-feira, julho 14, 2006

Exames Nacionais: Incompetência e Injustiça



Ainda não estávamos recuperados do lamentável exame nacional de Português e das duvidosas tendências do exame nacional de História, e estala nova polémica em plena época de exames, desta vez com as disciplinas de Química e de Física.

Dado que estamos num período de transição de programas, existem no 12º ano dois exames distintos para estas disciplinas - um com o programa antigo e outro com o novo programa. É com base em dois exames diferentes que muitos alunos se vão candidatar ao ensino superior. Sobre isto ainda ninguém se pronunciou, algo tão ou mais grave que toda a polémica que agora rebentou.

O exame de Química (e de Física) com os novos programas, revelaram-se um pequeno desastre. A dificuldade da prova, para não falar de questões muito duvidosas (aquela das lâmpadas fluorescentes...), fizeram com que as notas baixassem bastante. O Secretário de Estado para a Educação, Valter Lemos, com um espírito 'benevolente', decidiu dar nova oportunidade aos alunos que realizaram a prova de Química e de Física na 1ª fase, de repetirem o exame na 2ª fase, alterando radicalmente as regras. Se os alunos apenas podiam frequentar uma das duas fases, esta alteração privilegia os alunos da 1ª fase. Esta oportunidade diz respeito apenas aos alunos que realizaram os exames referentes ao novo programa, dadas as notas e a dificuldade dos mesmos.

Dadas as razões apresentadas para a publicação do despacho, a Confederação Nacional das Associações de Pais exige que os alunos também possam repetir os exames de Biologia e de Matemática, pois consideram que as provas possuíam erros.

O Secretário de Estado da Educação Valter Lemos, abriu uma pequena caixa de Pandora. Ao assumir-se como uma entidade capaz de abrir excepções nos exames consoante a sua opinião sobre o grau de dificuldade dos mesmos, está a distorcer as regras, tudo em nome de uma maior homogenização das notas. Esta medida completamente vergonhosa, mostra bem o sentido de justiça que abunda no Ministério da Educação.

Mal posso esperar pelas próximas declarações do sr. Secretário a propósito desta matéria...

quinta-feira, julho 13, 2006

A Marca Sócrates


Hoje vi por breves momentos o debate que ocorreu no Parlamento sobre o Estado da Nação. Com um discurso preparado directamente para a comunicação social, com uma postura arrogante e que debita "eu sou bom e voçês não percebem nada disto", o nosso PM avaliou as últimas reformas do governo socialista. Suportar o discurso presunçoso do líder do executivo tornou-se um exercício bastante difícil, até porque ele consegue mainifestar-se sempre que quer. Ele é sorrisos, ele é coragem para reformar, ele é popularidade, ele é relação estratégica, ele é confiança, ele é discurso anti-tanga, ele é tudo o que um político pode ser para saturar uma pobre mente como a minha. Não existem dúvidas que o cargo de PM deu a volta à cabeça ao engenheiro José Sócrates. Quem o viu como comentador na RTP e o agora vê como PM, encontra uma autêntica metamorfose de estilo.

A argumentação do nosso PM nunca foi perfeita, mas José Sócrates sempre esteve bem preparado para os debates e defendia com bases sustentáveis as propostas do elenco governativo. Hoje assistiu-se ao seu novo estilo de argumentação. Já não se debatem conteúdos, mas formalidades. Não se discutem propostas, discute-se a avaliação da credibilidade dos passados meses. Não se rejeita uma proposta devido ao que ele contém, mas por ter sido feita tarde e pelos seus subscritores não terem a classe e o intelecto da marca Sócrates.

José Sócrates invadiu o espaço da social-democracia, não tarda muito, estaciona na estação do populismo.

terça-feira, julho 11, 2006

domingo, julho 09, 2006

Grandes Mestres da Pintura: de Fra Angelico a Bonnard (Colecção Rau)

Hoje tive oportunidade de ver uma exposição excepcional, que reúne 95 pinturas de mestres fundamentais na história da pintura europeia, desde o início do Renascimento italiano até à década de 1940-50.

No Museu Nacional de Arte Antiga, de 18 de Maio a 17 de Setembro.



Bernardino Luini
Portrait of a Young Woman, 1525





El Greco
Saint Dominic in Prayer, 1600-1610




Guido Reni
David Decapitating Goliath, 1606-1607





Paul Cézanne
The Sea at L'Estaque, 1876





Claude Monet
The Port Coton Pyramids, 1886





Pierre Bonnard
Window Opened at Uriage, c. 1918





Albert Marquet
The Old Marseille Harbour, 1916

sábado, julho 08, 2006

Quote of the Day

We who live in free market societies believe that growth, prosperity and ultimately human fulfillment, are created from the bottom up, not the government down. Only when the human spirit is allowed to invent and create, only when individuals are given a personal stake in deciding economic policies and benefitting from their success - only then can societies remain economically alive, dynamic, progressive, and free.

Ronald Reagan

O parágrafo da polémica liberal (II)

Diz o António Costa Amaral:


Acho que a argumentação do AA é fraca neste campo, nomeadamente com as duas frases que inicia. Se JPP refere no artigo que entre as políticas e os dogmas, vai ao encontro de um liberalismo ao serviço da primeira opção, rejeitar tanto a componente "teórica" como a "prática" para assentar apenas na ética liberal, julgo que fica aquém daquilo que se poderia argumentar. Se é verdade que o indivíduo e a sua liberdade são componentes indissociáveis, é necessário compreender que essa união apoia-se na ética humana, bem como pode ter aplicações políticas e ideológicas. O que JPP diz no texto é simples, que entre um sistema de ideias completamente restrito e indivisível em determinados pontos, ele prefere um sistema de ideias em que é ele próprio a analisar e a decidir uma determinada matéria, do que seguir algo já predisposto, algo dogmático. JPP não rejeita princípios no seu texto, apenas os difere de linhas de ideias completamente absolutistas, referentes a alguma cartilha.

O parágrafo da polémica liberal

JPP, no Público (Quinta-Feira):

Twins in power



Lembro-me que quando decorreram as eleições polacas, chamei à atenção para o facto da Polónia poder vir a ter um Presidente e um Primeiro-Ministro, gémeos idênticos. Porém, tal não aconteceu. O gémeo Jaroslaw (na foto à esquerda) tendo ganho as eleições legislativas, recusou o posto de PM por achar que poderia causar alguma confusão ao país. Um mês depois o seu irmão Lech ganhava a presidência. Aquilo que foi visto inicialmente como um gesto de "altruísmo", revelou-se uma boa estratégia para ganhar a presidência e o governo. Tendo o actual PM envolvido-se em manobras políticas desnecessárias e apresentado a sua demissão, parece que a sociedade polaca já se encontra preparada para ter dois gémeos idênticos nos mais altos cargos da nação. Resta saber por quanto tempo a população vai achar piada ao conceito...

quarta-feira, julho 05, 2006

Foi um bom Mundial













The End

terça-feira, julho 04, 2006

A esquerda populista



Evo Morales declarou vitória nas eleições que se realizaram na Bolívia, que visam eleger uma assembleia constituinte para escrever uma nova constuição, num grande estilo socialista. Ao mesmo tempo, foi votado um referendo que poderia dar mais autonomia às regiões.

Numa altura em que todos os olhos estão centrados na América Latina, onde num curto espaço de tempo estão a haver eleições em vários países, e onde as influências de Chavez e Morales estão bem patentes, estas eleições ainda eram vistas como uma oportunidade para os bolivianos poderem escolher um caminho certo, propício ao seu desenvolvimento. Embora a Bolívia tenha votado maioritariamente no partido de Morales nestas eleições (cerca de 60%), fazendo as delícias da esquerda populista lá do sítio (e também de ), Morales não atingiu a maioria necessária para efectuar as alterações que bem entende sozinho. Se isso será suficiente para bloquear os seus desejos de tornar a constituição um poço ideológico socialista, minando a democracia e continuando o precurso anti-económico (o mesmo é dizer, pró-pobreza), ainda estamos para ver. Melhor esteve no referendo, onde apenas quatro regiões votaram a favor.

Mas no mesmo dia, aparecem boas notícias, como a vitória tangencial do conservador Felipe Calderón no México. Olhando em retrospectiva para o precurso eleitoral dos últimos meses naquela área do globo, o rumo até nem foi mau. Quando a alguns meses, Morales e Chavéz imaginavam um reduto socialista anti-americano naquela área do globo, era com preocupação que vários países ocidentais olhavam as eleições que se aproximavam, tendo em conta a influência dos dois homens junto da esquerda de cada país. Ao contrário das expectativas, e com as circunstâncias a permitirem um espaço de tempo razoável entre as eleições, os eleitores afastaram-se dos candidatos de esquerda, principalmente devido à sombra de Chavéz. Recordo-me por exemplo do caso das presidenciais do Peru.

Entrando agora num período de estabilidade política, sem eleições à vista (creio), será interessante verificar as consequências das opções de cada país e os ataques que inevitavelmente vão surgir, principalmente dos minoritários socialistas. Escusado será dizer, que quando as coisas começarem a correr mal nos seus países (ou melhor no país - Bolívia - já que a Venezuela tendo ainda grandes quantidades de petróleo consegue manipular o clima), será interessante ver as culpas serem depositadas (novamente) nos vizinhos, na globalização, nos EUA, etc...

Ironias Governamentais

segunda-feira, julho 03, 2006

Solidariedade à força



Aniversário na Blogosfera


Os meus parabéns ao António e ao Adolfo, pelo segundo aniversário do excelente A Arte da Fuga, uma leitura diária obrigatória. Espero que nos continuem a brindar com bons textos e boas composições musicais, como é habitual.

Mexico's Presidential Elections - Too close to call



domingo, julho 02, 2006

Emotivo