Carlos Loureiro, n'
O Primeiro de Janeiro:
Israel poderia ter reagido de modo mais comedido, apelando, nomeadamente, ao apoio da comunidade internacional? Talvez pudesse. Não podemos, porém, esquecer as condições extremas em que o Estado israelita sobrevive, acossado, por todos os lados, por vizinhos hostis e por grupos terroristas vários, que não hesitam em matar barbaramente civis indefesos, que se escondem entre a população civil, usando os seus compatriotas como escudos humanos e que recusam todas as portas abertas ao longo dos tempos para o estabelecimento da paz, entre as quais avulta a retirada unilateral de Gaza e da Cisjordânia ou, mais recentemente, a proposta de tréguas contra a entrega dos dois soldados raptados. Não podemos igualmente esquecer que a manutenção de um grupo armado ilegal não seria possível sem a complacência ou tolerância dos governos libanês e sírio.
(...)
Que um país, nestas condições, consiga manter elevados níveis de desenvolvimento e de respeito por valores fundamentais da chamada civilização ocidental, com a democracia e as liberdades individuais à cabeça, não pode por isso deixar de nos espantar e merecer o nosso reconhecimento, sem ambiguidades.
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