Não existem dúvidas que a senhora começou muito bem a sua pré-campanha para a presidência, mas as coisas começam a complicar-se. Segoléne Royal começa a compreender que uma campanha não pode viver apenas de sorrisos, entrevistas para revistas côr-de-rosa e muito menos de ideias light de pontos da campanha do adversário. Embora tivesse considerado Tony Blair um exemplo a seguir, de uma esquerda moderna, algo que vi com muito bons olhos (ao contrário do seu próprio partido, tal como já era de esperar), deparo-me hoje com este texto (Via O Insurgente) onde a sra. Royal começa a mostrar que afinal a sua herança de esquerda é tudo menos moderna.
Ainda é cedo para poder avaliar o rumo que a campanha de Royal está a tomar, mas aparentemente este distanciamento do centro para agradar à esquerda parece apenas beneficiar o candidato da direita - Nicolas Sarkozy, que já começa a levar alguma vantagem nas sondagens. Porém, temos que ter em conta que Segoléne Royal começa a enfrentar uma oposição séria no seu próprio partido e embora sendo a personagem política mais popular da esquerda, tal poderá não ser suficiente para satisfazer os militantes socialistas para garantir a sua nomeação. Nesse sentido, a viragem à esquerda tem a vantagem de calar certos sectores do partido.
No momento em que os programas dos candidatos à presidência francesa começam a definir-se, Segoléne Royal corre o risco de ficar refém da sua própria candidatura no seio do partido. E a sua habitual estratégia de só sorrisos está a atingir um grau de saturação. Ela precisa de decidir o verdadeiro rumo da sua estratégia política e tem de ter consciência que esta é uma decisão que dificilmente poderá alterar. A direita possui ainda algumas vozes dissidentes no UMP, com Jacques Chirac e Dominique de Villepin ainda a tentar encontrar alguma uma alternativa a Sarkozy, mas a estratégia deste último já está muito bem definida. A opção de primar pelo velho socialismo gaulês pode simplificar as coisas nas eleições no seio do partido socialista, mas não vão ser um bom trunfo nas eleições em Janeiro, e ainda pior, não vão contribuir em nada para as mudanças necessárias num país como a França.
Ainda é cedo para poder avaliar o rumo que a campanha de Royal está a tomar, mas aparentemente este distanciamento do centro para agradar à esquerda parece apenas beneficiar o candidato da direita - Nicolas Sarkozy, que já começa a levar alguma vantagem nas sondagens. Porém, temos que ter em conta que Segoléne Royal começa a enfrentar uma oposição séria no seu próprio partido e embora sendo a personagem política mais popular da esquerda, tal poderá não ser suficiente para satisfazer os militantes socialistas para garantir a sua nomeação. Nesse sentido, a viragem à esquerda tem a vantagem de calar certos sectores do partido.
No momento em que os programas dos candidatos à presidência francesa começam a definir-se, Segoléne Royal corre o risco de ficar refém da sua própria candidatura no seio do partido. E a sua habitual estratégia de só sorrisos está a atingir um grau de saturação. Ela precisa de decidir o verdadeiro rumo da sua estratégia política e tem de ter consciência que esta é uma decisão que dificilmente poderá alterar. A direita possui ainda algumas vozes dissidentes no UMP, com Jacques Chirac e Dominique de Villepin ainda a tentar encontrar alguma uma alternativa a Sarkozy, mas a estratégia deste último já está muito bem definida. A opção de primar pelo velho socialismo gaulês pode simplificar as coisas nas eleições no seio do partido socialista, mas não vão ser um bom trunfo nas eleições em Janeiro, e ainda pior, não vão contribuir em nada para as mudanças necessárias num país como a França.
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