Ao fim de vários meses, os vários líderes europeus conseguiram um acordo para o orçamento comunitário. Tony Blair, jogava toda a sua credibilidade política europeia nesta discussão, após o "carismático" discurso de inauguração que fez da presidência britânica. Em prol de um bom desfecho, teve que rever o cheque britânico, medida que era aguardada para o fecho positivo das negociações. Outros, estavam bem mais preocupados com a política interna do seu país, do que propriamente as discussões europeias, como foi o caso de Berlusconi. Alguns fizeram a sua estreia no palco das negociações, tendo saltado logo para a ribalta como o caso de Angela Merkel, a nova chanceler Alemâ e o Primeiro-Ministro Polaco, Kazimierz Marcinkiewicz. A primeira foi a grande responsável pelo acordo, embora Chirac tentasse colar a imagem de que a França tenha dado um contributo razoável. Como disse tentou, pois apenas Merkel se dipôs a aumentar as contribuições alemães e a ter diligências bilaterais com os parceiros mais problemáticos. Chirac apenas aceitou uma discussão da PAC em 2009, e com sorte, nem ele nem o seu pupilo Villepin estarão lá para continuarem com aquele desperdício. Quanto a Marcinkiewicz, teve uma posição extremamente dura, apenas consentindo num acordo em que a percentagem do PIB dos contribuidores aumentasse até aos seus objectivos. No meio de tudo isto, José Sócrates sorria para si mesmo. Em relação à proposta luxemburguesa, Portugal vê o orçamento dos fundos de coesão aumentarem, superando as melhores expectativas. Todavia, o esforço que a diplomacia portuguesa efectuou foi praticamente nulo. As boas notícias devem-se apenas a critérios burocráticos, do quais mais se destaca é o tempo de adesão de Portugal à UE. Ou seja, não temos nada a agradecer aos negociadores portugueses, fizeram apenas o seu papel.
A União Europeia não saiu vencedora desta cimeira, pois ainda está longe de atingir a meta. Simplesmente limitou-se a continuar na corrida, preparando-se agora para enfrentar os mais directos adversários e desafios. Ainda não perdeu a corrida, mas terá de ter um esforço suplementar para se manter no pelotão da frente.
A União Europeia não saiu vencedora desta cimeira, pois ainda está longe de atingir a meta. Simplesmente limitou-se a continuar na corrida, preparando-se agora para enfrentar os mais directos adversários e desafios. Ainda não perdeu a corrida, mas terá de ter um esforço suplementar para se manter no pelotão da frente.
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