sexta-feira, dezembro 30, 2005

Resta-me desejar...




Uma passagem de ano de arromba a todos vós! Feliz 2006!

Gostei...

... da lista de Constança Cunha e Sá sobre as melhores coisas em 2005. Por falta de tempo (e de memória, já que não sou uma pessoa muito organizada nestas coisas...) ainda não fiz a minha. Embora não goste de tudo o que enuncia (acontece...), fica a recomendação...

Se tiver tempo, faço a minha logo no início de 2006...

A ler...

Francisco José Viegas, no Jornal de Notícias:

Anteontem, depois das declarações de Cavaco Silva a este jornal, gerou-se uma tal onda de queixinhas e de indignações que qualquer cidadão seria levado a suspeitar de que alguma coisa estaria errada. Está. O que está errado é o clima de medo em que querem transformar estas eleições. Esta pobre estratégia populista parte do princípio que os portugueses são um bando de medricas ou de crianças que é preciso proteger a todo o custo de perigos imaginários e de tragédias improváveis. Esse medo é que é perigoso - é o medo da democracia, no fundo. Em todas essas queixinhas que se ouviram durante o dia (com aquele ar escandalizado das virgens velhas das peças de Lorca) não se viu uma ideia, um combate, uma prova de que Cavaco estava errado. Limitaram-se a aparecer em bicos de pés, lembrando "a tragédia" e "o perigo" que rondam a vida dos portugueses, esses ignorantes que deram a vitória a Sócrates e se manifestam por Cavaco.

Agradecimentos 2005

Foi neste ano de 2005 que iniciei este blog, e lancei-me nas árduas lides da blogosfera. Chegado ao fim deste ano, tenho a agradecer a diversas pessoas que sempre me apoiaram neste projecto que ultrapassou as minhas expectativas, seja pelo contributo em comentários, seja pelas amáveis palavras que me dirigiram ao longo deste tempo. Tenho medo de citar nomes de pessoas, pois corro o risco de me esquecer de alguém importante, mas mesmo assim arrisco.

Ao meus dois grandes colegas João e Rita, que assiduamente lêm este blog e habitualmente têm sempre "um outro ponto de vista", sempre me chamando à atenção de eu estar a me tornar um perigoso capitalista de direita. Ainda não percebo de onde eles retiraram essas ideias...

Ao Pedro, Jorge Gustavo, Jorge Oliveira, Nelson Brito pelos comentários escritos (e principalmente falados...) quase sempre nas temáticas sensíveis...

Na blogosfera nem sei por onde começar. Talvez pelo meu caro colega Ricardo, que desde muito cedo me acompanhou, e com quem partilho muitas posições bem como muitas discordâncias. Foi este o mote para uma série de interessantes (e longas...) discussões que espero que continuem no ano que se avizinha!

Ao meu amigo Rodrigo Adão da Fonseca, que tive a oportunidade de conhecer pessoalmente e assistir a uma memorável tertúlia, a referência a este blog.

Ao Tiago Mendes, onde a determinada altura o seu blog era quase a minha homepage, e os comentários sucediam-se a um ritmo alucinante.

Ao José Raposo, Pedro Santos Cardoso, Mário Almeida, Tiago Alves e todos aqueles que me lêm e não tem o hábito de comentarem. Um cumprimento especial para as presenças femininas, nomeadamente da Alaíde e Isabel.


Resta-me desejar a todos um Feliz Ano 2006.

Um pouco de análise religiosa...




Por decisão própria, não comento assuntos religiosos neste blog nem faço sugestões de leitura de assuntos de índole exclusivamente religiosa. Todavia, hoje vou quebrar esse meu príncipio para recomendar a leitura da crónica de Pacheco Pereira no Público, intitulada O Camauro.

Pacheco Pereira faz uma análise histórica e cultural da personalidade de Bento XVI, recomendada a crentes e não crentes.

Esta situação ainda é mais nítida quando tomamos em conta o dinamismo teológico do cristianismo, quer reformado, quer católico, em contraste com as dificuldades do islão em ter uma interpretação dinâmica, capaz de fazer a adaptação às mudanças da história e da sociedade. O islão, na ausência de autoridades interpretativas legitimadas, fixou-se no cânone da sua origem e não reflecte a modernidade, nem convive facilmente com a laicidade. Por aqui se percebe que o facto de o cristianismo ser uma religião que tem uma Igreja, como materialização na terra da presença de Deus e, dentro dessa Igreja, na versão católica, ter uma hierarquia que termina no Papa, lhe permite falar para tempos diferentes de modo diferente, mesmo quando é a mesma Voz.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Ideology Selector

Através do Vento Sueste do Miguel Madeira, cheguei a este teste.

Já tive ocasião de fazer vários testes deste género, e creio que este é razoavelmente bom. A apresentação dos resultados é acompanhada por um pequeno resumo, a explicar cada ideologia.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Eu também não me importo...




de integrar o corpo diplomático do RAF nas Ilhas Cook... O cargo de conselheiro ambiental está livre?

Não seria melhor dois ou mais?






Vai propor isso ao Governo?

Já o estou a propor aqui.


Onde é que isso foi feito?



Escusado é dizer, que o Super-Mário explodiu de excitação (e em posts), após a publicação da notícia. O argumento da deriva presidencialista adormecido ao longo de semanas, regressa com toda a sua pujança! Vital Moreira nem deve dormir hoje com a emoção do seu argumento ter voltado à ribalta, não precisando de ter escrito três crónicas para lançar o tema na sociedade. No meio de tudo isto, Mário Soares afirmou que apenas se pronunciaria numa conferência de imprensa sobre esta questão, apenas dizendo que as declarações eram "muito graves". Mas como todos nós estamos habituados ao discurso do candidato do PS, é óbvio que poucos ligaram à sua frase pseudo-dramática. Todavia, Nuno Severiano Texeira, porta-voz da candidatura de Soares já se pronunciou sobre aquilo que classificou como "incorrecto entendimento das competências do PR". Até Joana Amaral Dias, cujo silêncio sepulcral há muito que era notório, regressou à sua boa forma física!

No final, Cavaco vem afirmar que queria apenas dar a conhecer aquilo que se faz nos outros países...

Agora a sério, a ideia caso venha a ser colocada em prática é negativa para a nossa economia e coloca em causa a livre concorrência entre empresas. Defendo a eliminação de subsíduos para empresas nacionais, bem como qualquer regime especial de favorecimento para empresas estrangeiras sediadas em Portugal. Não me choca um candidato defender uma medida como esta, choca-me sim o teor e os efeitos que a medida podem ter. Já aqui expressei o meu apoio ao Prof. Cavaco Silva nestas eleições, mas não ficarei indiferente a estas derivas socialistas.

Mais uma leitura recomendada: Direita e Liberalismo

Não sei se é devido à época, mas o que é certo é que estou a encontrar inúmeros textos extremamente interessantes, e que não resisto a recomendar a leitura, como este do Rui A. no blog da Causa Liberal:


Direita e Liberalismo: Pessimismo, Optimismo e Realismo Antropológico

Mas, sabendo também que a alma humana não tende naturalmente para a filantropia, acredita que a o princípio elementar das relações humanas, onde não existam intermediários ou terceiros sem interesse directo, é o da cooperação em vista a fins benéficos comuns. Por isso, quanto menos intermediários existirem, sendo que o Estado mais não é do que um deles com interesses próprios a agir em causa alheia, melhor poderão compor os seus interesses e obter resultados de soma tendencialmente mais positiva para as partes. Isto é, ninguém melhor do que os próprios indivíduos para comporem e equilibrarem com justiça os seus legítimos interesses. Como sabe, também, que ao instalarem-se no poder, os homens agem preferencialmente para conservarem e, se possível, ampliarem, as suas prerrogativas e os seus privilégios de soberania, bem como os daqueles que os ajudaram a atingir o poder.

Google: Capitalists vs. Capitalism


sexta-feira, dezembro 23, 2005

My Christmas

Apostas de Natal



Parece que algumas pessoas estão muito preocupadas, pois anda-se a apostar (ou andava-se, pois parece que o site está em baixo ou algo do género...) nos candidatos presidenciais e em quem iria ganhar as eleições. Só num país como o nosso, um problema ridículo e estúpido como este poderia intereferir com uma campanha e ser digno de notícia num telejornal. Pior, é ainda ouvir candidatos a pronunciarem-se sobre o tema, sentindo-se ofendidos por andarem a apostar neles. Mas pronto, vou ignorar estes tristes episódios e atribui-los à vulgar falta de notícias que se assiste nestas épocas. Mas pelo sim pelo não, se alguém me quiser oferecer um bilhete de aposta, certifiquem-se que possui o nome Cavaco escrito. É que eu posso não jogar muito, mas quando jogo é para ganhar!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

I'm dreaming of a white Christmas...



Eu bem tentei abrandar as coisas, mas esta onda festiva que se está a propagar exponencialmente pela blogosfera também acabou por se estabelecer neste blog. Desta forma, explica-se o colorido e festivo cabeçalho. :-)


Desejo-vos um Feliz Natal!


Bruno

Entrevista




A propósito dos projectos da Ota e do TGV, o Prof. José Manuel Viegas do IST concedeu uma entrevista ao Semanário Económico cuja leitura recomendo vivamente. O Prof. José Viegas é sem sombra de dúvida das pessoas mais habilitadas para discutir estes temas em Portugal, opinião que ficou claríssima após ter assistido ao debate que teve na RTP com o actual ministro das Obras Públicas, Mário Lino.

Considera os projectos da Ota e da alta velocidade prioritários para o País?

Eu não diria na Ota, mas investir no novo aeroporto de Lisboa é claramente um investimento em capacidade, já que temos um sistema que está a chegar ao limite. Portugal por muito TGV que faça depende para as suas ligações internacionais sobretudo do transporte aéreo. Não nos podemos dar ao luxo de ter o transporte aéreo com dificuldades de atendimento por falta de capacidade porque isso degenera em má qualidade. Concordando ou não com a Ota, o investimento no aumento de capacidade era inadiável.

E a alta velocidade?

Neste projecto não temos nenhum sistema à beira da ruptura, trata-se de dar um salto de qualidade. A questão que se põe é se é oportuno ou não. O tomar a decisão agora não implica que a despesa seja paga de imediato. Há fórmulas, no que diz respeito ao financiamento do Banco Europeu de Investimentos, que prevêem pagamentos diferidos. O esforço público em termos de despesa concreta provavelmente pode ser feito meia dúzia de anos a partir do momento da realização da obra. Se acreditarmos que vamos sair do buraco daqui a alguns anos, pode acontecer que a cobrança dessa factura seja feita no ponto alto do ciclo.

(...)

As ligações que estão anunciadas defendem a soberania do País?

Considero que o principal instrumento de afirmação da soberania e competitividade de Portugal está na criação de uma área metropolitana que, numa primeira fase, deveria ser Lisboa-Porto e, tão cedo quanto possível, Setúbal-Braga. Para sermos competitivos à escala europeia temos de por estes 7,5 milhões de pessoas a trabalhar como se fossem o bairro Sul e o bairro Norte da mesma cidade, e com o bairro Centro (Leiria, Coimbra e Aveiro) também a trabalhar em conjunto. Tem que ser trivial. O tempo poupado tem de ser aproveitado produtivamente. O TGV tem que ser visto como uma alavanca de progresso económico.

(...)

Foi um defensor do traçado do “T” deitado, com a ligação a Madrid a ficar entre Lisboa e Porto, de forma a deixar as cidades portuguesas equidistantes da capital espanhola. Não é esse o projecto do Governo.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

MIT




A propósito da notícia da vinda do MIT a Portugal no âmbito do Plano Tecnológico, tinha escrito este post, onde expressava a minha surpresa pela condição que o governo impôs desta instituição apenas poder articular-se com o Instituto Superior Técnico.

O meu colega Dos Santos, um dos bloggers que mais aprecio, fez um post muito interessante sobre o tema, onde dá várias hipóteses para a decisão do governo. Recomendo a leitura.

Surpresas?

Muito boa gente ficou surpreendida pelos comentários de António José Teixeira, Director do DN, ao afirmar que Soares tinha ganho o debate.

Eu não. Momentos antes, cheguei a apostar como ele em 30 segundos dizia que Soares tinha ganho a Cavaco com larga vantagem...

O Óscar para melhor post sobre o debate de ontem vai para o...

Aforismos & Afins, pela mão do Tiago Mendes:



(...)

A soberba em Soares não tem limites. A baixeza atingiu o inalcansável. Eu acho que Cavaco devia ter respondido mais à letra ao que disse Soares, ou melhor, não respondendo mas apontando o nível de discurso dele. Não percebo os jornalistas da RTP. Se aquele tipo de discurso não merece da parte deles um reparo, atingimos o grau zero da qualidade do debate. O burguês vale o que vale no portugalito dos novos ricos e bem instalados. Bendito Cavaco que subiu a pulso e sabe bem o que é o valor do mérito. É esse mérito que parece faltar em tantos comentadores, que parecem não ter a coragem em enfrentar o establishment que Soares representa, os charutos partilhados, as comezainas deleitosas. Quem não denuncia a calúnia e o grau zero da política também não merece respeito. É isso que vamos poder ver amanhã nos jornais. Porque a verdade é esta: Soares esteve a anos-luz do que João Jardim nos habituou. Soares está perigoso, porque é uma besta acossada com uma vaidade desmedida que não tem correspondência no seu valor pessoal.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Retrospectiva




Foi um debate paupérrimo em ideias, mas mesmo assim dos mais elucidativos para decidir os votos. Mário Soares esteve num estilo baixo, não se contendo para fazer os mais inoportunos comentários, fez críticas absolutamente desnecessárias, acusou de se apenas falar no passado quando ele foi o único responsável por isso, tendo uma postura muitas vezes arrogante, superior a tudo e todos. Ninguém ouviu uma única ideia brotar de si, e é este homem que quer ser presidente de todos os portugueses...

Cavaco mostrou-se bastante sereno, face aos ataques violentos de Soares. Tentou por várias vezes alterar o tema do debate, sem sucesso. Afirmou com coerência e consistência as suas ideias para o país, muitas delas já veiculadas noutros debates e intervenções públicas.

Um debate presidencial, não é nenhuma luta de boxe, nem um concurso de maior currículo e cargos ocupados, algo em que ambos muitas vezes caíram, mas sim um debate de ideias do presente. Nesse aspecto o debate foi nulo, até pelas constantes interrupções de Soares. Mas os estilos de cada um dos candidatos foi muito mais revelador do candidato que eu apoio, do que 3 horas de debate político com ideias.

O que dirá Vital Moreira...

da sua referência por parte de Cavaco Silva?

Eu infelizmente não consegui...

Alguém ouviu as ideias de Soares?

Zé Alberto e Judite, estão dispensados!

Mário Soares: Eu por mim ficava aqui a sós com o Prof. Cavaco Silva.

Tenho impressão que seria um monólogo...

A expressão da noite!

Mário Soares: Cidadania Global!

Preocupações de Mário Soares

O que é a globalização?

Nós estamos no presente... Certo?

Mário Soares: Eu tive um plano...

Atenção! Péssima conjugação do verbo...

Coisas que me ficaram no olho:

Acho que nunca tinha visto Cavaco sorrir tanto, tantas vezes seguidas...

A culpa dos problemas orçamentais vão para...

Os governos de direita! (Exclusivamente....)

Momento Zen da Noite

Mário Soares a ensinar a Cavaco que este não é Social-Democrata! Comovente esta prestação de Soares, a tentar elucidar a ideologia política do seu adversário.

Incoerências?

Cavaco Silva responde a uma questão de José Alberto Carvalho, ao qual Mário Soares replica:

- Isso é o que dizem todas as pessoas com formação política.

Pouco tempo depois, diz que Cavaco Silva não possui formação política para o cargo...

Oh não! 3

As vacas voltam à discussão...

Mário Soares e o seu conceito de tempo

Isso foram temas de há dez anos...

Depois continua com a governação Cavaco...

Interrupção Soares 3

Eu preocupo-me!

Mas quem está a moderar o debate?

Mário Soares ou José Alberto Carvalho e Judite Sousa?

Classificação Económica 2

Eu percebo de economia.

Classificação Económica

O Prof. Cavaco Silva é um razoável economista.

Oh não! 2

De novo os conflitos institucionais...

Os poderes do PR

Mário Soares está quase a dizer que se for eleito, não pode fazer nada pelo país...

Eu já desconfiava...

Cavaco afirma que gosta de economia...

Interrupção Soares 2

Eu também sou professor!

Interrupção Soares 1

Então o que é?

Já faltava o monstro (défice para alguns...)

Se Cavaco é o pai do monstro, Soares é o avô, já que ele foi criado sob o domínio de ambos...

Uma questão de vacas II

Facto: Mário Soares foi Presidente da República em tempo de "vacas gordas".

O seu argumento anterior era apenas válido se estivéssemos a discutir legislativas...

Uma questão de vacas

Cavaco governou durante o período de vacas gordas.

Mário Soares governou durante um período de vacas magras.

Inovação em Cavaco

Cita artigo do El País, a falar sobre si!

Mário Soares critica o jornalista.


Afinal não temos inovação no debate...

Oh não!

A cooperação estratégica volta a atacar...

Actividade!

Cavaco fala em ter um papel activo na PR.

Para quando a presidencialização do regime?

Competição

Mário Soares afirma que foi o factor de estabilidade do país, durante a governação Cavaco.

Cavaco elogia estabilidade política.

Cavaco elogia indirectamente Mário Soares.

Adenda:

Cavaco acha que foi o factor de estabilidade política.

Cavaco elogia-se a si próprio...

De novo o sono...

Cavaco fala em dormir descansado. Ainda bem, não me apetece nada ter insónias por apoiar Cavaco.

Notas...

Cavaco já teve gravatas melhores...

Cavaco vs Soares

Tentarei efectuar uma leitura em directo dos acontecimentos...

Até já

Clinton vs Giuliani 2008?





segunda-feira, dezembro 19, 2005

Retrospectiva

Manuel Alegre organizou melhor o seu discurso, tentando passar a imagem de uma candidatura com um caminho e objectivo definido. De forma serena, conseguiu passar de forma razoável a sua mensagem. Todavia, tinha um adversário à sua esquerda (literalmente) cujo eleitorado é ambicionado por ambos os candidatos. Jerónimo não esteve mal, possuindo mais inovação e criatividade no seu discurso, não caindo tanto nas expressões do tipo "Direitos dos Trabalhadores". Este aspecto favoreceu-o bastante. Equilibrada, seria a palavra que usaria para classificar a discussão.

Amanhã é o último swing presidencial, entre Cavaco e Soares...

Comovente

O final poético do discurso de Jerónimo de Sousa.

Manuel Alegre inibiu-se com tais palavras, pois não o ouvi a citar nenhum soneto...

Fundos da Campanha

Parece que Manuel Alegre conhece bem quanto Jerónimo gasta...

Não compreendi, e esforcei-me...


A propósito do fundamentalismo islâmico, Jerónimo fala que importante é o que está atrás deste tema. Atrás do tema... atrás do tema.... E perdi-me... A palavra que ouço quando sintonizo a voz de Jerónimo de Sousa é Estados Unidos da América...

Não e Não!

Europa Ultra-Liberal? - Manuel Alegre

Uma pérola da Noite

Jerónimo de Sousa enumera as desigualdades sociais, os níveis de desemprego, o péssimo estado da economia, enfim, um retrato credível da realidade portuguesa para acabar por citar a constituição.

"Por não ser cumprida, é que chegámos a este ponto..."

Claro, como é que ninguém se apercebeu disso antes?

Águas II




Manuel Alegre optou por citar um artigo de opinião, publicado no Expresso. (Anda a aprender coisas com Cavaco...)

Repetiu que dissolvia a Assembleia, caso houvesse privatização das Águas de Portugal. Cheira-me que Vital Moreira irá fazer no mínimo 14 posts, a propósito destas declarações...

Águas I




Bastou pronunciar a palavra "privatização", para que Jerónimo de Sousa tivesse o reflexo do braço Leninista...

Debate Alegre vs Jerónimo


Depois de vários debates que não tive oportunidade de ver e de comentar, hoje consegui ver o debate que colocou frente-a-frente Manuel Alegre e Jerónimo de Sousa, pelo menos a segunda parte...

Terror(Social)ismos




Foram muitas as pessoas que ficaram chocadas com as afirmações de Ribeiro e Castro no congresso da Juventude Popular, em que falou de uma associação entre terrorismo e esquerda. Confesso que não prestei muita atenção a essa parte do discurso, pois aquela em que estive com maior atenção, foi aquela onde falou da alteração desta constituição repleta de socialismos, de modo a flexibilizar o mercado laboral e a relançar a economia portuguesa.

Cada um ouve aquilo que mais o atrai...

Começo a ficar farto das tentativas(?) de choque...


Investe-se para trazer profissionais de um prestigiado Instituto de Tecnologia a Portugal, e depois estipula-se que apenas pode existir coordenação com uma universidade portuguesa e outras picardias que ainda não se conhecem... Enfim, nada a que não estejamos habituados...

O Prof. Cavaco dá lições de política







Entretanto, Soares continua a tentar passar um dia sem citar Cavaco (sem sucesso, como é óbvio...), Alegre tenta arranjar maneira de fazer esquecer o triste episódio das sondagens, Jerónimo continua a sua hercúlea tarefa de defesa dos "Direitos dos Trabalhadores" e Louçã luta contra os interesses instalados "olhos nos olhos", seja o que isso for...

Arrumando Sondagens...

Recomendo a leitura deste post do Pedro Magalhães no Margens de Erro, que resume as diversas sondagens realizadas nas últimas semanas.

domingo, dezembro 18, 2005

Reforming things

In the matter of reforming things, as distinct from deforming them, there is one plain and simple principle; a principle which will probably be called a paradox. There exists in such a case a certain institution or law; let us say, for the sake of simplicity, a fence or gate erected across a road. The more modern type of reformer goes gaily up to it and says, "I don't see the use of this; let us clear it away." To which the more intelligent type of reformer will do well to answer: "If you don't see the use of it, I certainly won't let you clear it away. Go away and think. Then, when you can come back and tell me that you do see the use of it, I may allow you to destroy it."

(...)

Some person had some reason for thinking it would be a good thing for somebody. And until we know what the reason was, we really cannot judge whether the reason was reasonable. It is extremely probable that we have overlooked some whole aspect of the question, if something set up by human beings like ourselves seems to be entirely meaningless and mysterious.


G. K. Chesterton

E não é que...

continuo à espera do post de Joana Amaral Dias...

sábado, dezembro 17, 2005

Acordo



Ao fim de vários meses, os vários líderes europeus conseguiram um acordo para o orçamento comunitário. Tony Blair, jogava toda a sua credibilidade política europeia nesta discussão, após o "carismático" discurso de inauguração que fez da presidência britânica. Em prol de um bom desfecho, teve que rever o cheque britânico, medida que era aguardada para o fecho positivo das negociações. Outros, estavam bem mais preocupados com a política interna do seu país, do que propriamente as discussões europeias, como foi o caso de Berlusconi. Alguns fizeram a sua estreia no palco das negociações, tendo saltado logo para a ribalta como o caso de Angela Merkel, a nova chanceler Alemâ e o Primeiro-Ministro Polaco, Kazimierz Marcinkiewicz. A primeira foi a grande responsável pelo acordo, embora Chirac tentasse colar a imagem de que a França tenha dado um contributo razoável. Como disse tentou, pois apenas Merkel se dipôs a aumentar as contribuições alemães e a ter diligências bilaterais com os parceiros mais problemáticos. Chirac apenas aceitou uma discussão da PAC em 2009, e com sorte, nem ele nem o seu pupilo Villepin estarão lá para continuarem com aquele desperdício. Quanto a Marcinkiewicz, teve uma posição extremamente dura, apenas consentindo num acordo em que a percentagem do PIB dos contribuidores aumentasse até aos seus objectivos. No meio de tudo isto, José Sócrates sorria para si mesmo. Em relação à proposta luxemburguesa, Portugal vê o orçamento dos fundos de coesão aumentarem, superando as melhores expectativas. Todavia, o esforço que a diplomacia portuguesa efectuou foi praticamente nulo. As boas notícias devem-se apenas a critérios burocráticos, do quais mais se destaca é o tempo de adesão de Portugal à UE. Ou seja, não temos nada a agradecer aos negociadores portugueses, fizeram apenas o seu papel.

A União Europeia não saiu vencedora desta cimeira, pois ainda está longe de atingir a meta. Simplesmente limitou-se a continuar na corrida, preparando-se agora para enfrentar os mais directos adversários e desafios. Ainda não perdeu a corrida, mas terá de ter um esforço suplementar para se manter no pelotão da frente.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Preparações


Também eu terei de me preparar. Conseguir imaginar este executivo a dirigir o rumo da Europa em 2007, não é tarefa fácil.

Magia?


Pronto, eis a receita para a poção Presidência: Roubar uns pontos a Cavaco, em seguida fazer uns encantamentos e pronto, temos Mário Soares como presidente!

Eu fico maravilhado com estes ensinamentos milenares que aprendo no Super-Mário...

Serviço Público

Manuela Moura Guedes deixa Jornal Nacional.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Leitura Recomendada: SIDA e Economia

SIDA e Economia, pelo Tiago Mendes no Diário Económico:


Deve o Estado subsidiar o preço dos preservativos? Que política sobre SIDA?









O artigo é bastante interessante, mas peca em vários aspectos na minha opinião. Primeiro de tudo, não se compreende bem a relação que o título nos aponta. O Tiago reflecte sobre a existência de um subsídio do Estado em relação aos preservativos, de que forma este subsídio pode influenciar as estatísticas de SIDA e o aspecto quase humanista que toda esta problemática esconde. Faz-me confusão a palavra economia no meio de tudo isto, apenas isso.

Segundo, o artigo apenas refere a relação entre o preservativo e a SIDA. Tenho a certeza que se o Tiago tivesse maior espaço teria abordado outras questões, mas creio essencial nesta discussão apercebermo-nos que o preservativo não tem apenas efeitos profiláticos na SIDA. Esta é provavelmente a doença mais mediática, mas este meio é eficaz na prevenção de várias doenças infecciosas e em alguns tipos de neoplasias. Assim, esta avaliação do preservativo tendo apenas como base a SIDA, torna o artigo um pouco redutor na minha opinião. Todavia, é verdade que tratam-se de patologias associadas ao comportamento sexual, podendo comportar-se de forma semelhante. Não entro pelo tema, pois não ache que esteja à vontade neste universo estatístico.

Terceiro, é um dever do Estado zelar pela saúde dos seus cidadãos e mantê-los informados de todas os factos que estejam relacionados com casos de saúde pública. Este é um desses casos. A profilaxia envolve as duas vertentes, de informação e de meios técnicos. O que se põe em causa no artigo é a relação, ou melhor o favorecimento de um em detrimento de outro. O Tiago não é muito explícito quando explica que a informação deve ter um tratamento especial. Refere que "Um estado que respeite a esfera privada de cada um devia apostar na informação". Sinceramente não compreendo. De que maneira o subsíduo à venda de preservativos ou de qualquer outro método profilático, pode interferir na esfera privada do cidadão, colocando em causa o respeito pelo indivivíduo?

Não quero passar a ideia de que a informação deverá ser colocada de parte, em detrimento de este ou outros subsíduos. Longe disso. Digo mesmo que actualmente, dado o tipo de sociedade que temos, a informação é muito escassa e não é eficientemente transmitida. É necessário compreender que a nossa vivência em sociedade ainda está longe de constituir um exemplo de pluralismo e tolerância, pois os estereótipos ainda conduzem alguns sectores. Assim, torna-se vital a reformulação das medidas de informação, enquanto que melhores alternativas não surjam.

terça-feira, dezembro 13, 2005

Jerónimo vs Cavaco




Não tive oportunidade de ver o debate, mas sinto a necessidade de escrever qualquer coisa. No comentário ao último debate referi que esta discussão não seria muito difícil de prever, desta forma, tentarei indagar qual terá sido a prestação, os argumentos e as posições tomadas pelos candidatos:


Jerónimo de Sousa inicia o seu embate referindo que é necessário proteger os Direitos dos Trabalhadores, contra o liberalismo selvagem que ameaça invadir a Europa.

Cavaco Silva fala da sua governação, e como os trabalhadores tiveram um grande aumento de salários reais à custa das reformas que implementou.


Jerónimo acusa o governo de querer transferir para as mãos dos poderosos e dos grandes interesses capitalistas, empresas públicas pertencentes a sectores estratégicos da economia portuguesa.

Cavaco fala que é necessário moderação e reflexão, que a privatização deve ser feita com cautela e tendo o cuidado para que estas não fiquem em mãos estrangeiras.


Jerónimo acusa o governo (olhando para Cavaco) de tentar promover o despedimento dos trabalhadores, ao apoiar medidas neoliberais de mercado.

Cavaco fala de trabalhadores, confiança e de ser uma pessoa honesta e competente. Ninguém consegue perceber ao certo a sua posição, mas o seu discurso é em geral economicamente bonito.


Será que acertei?

Uma prioridade absoluta

Imperdível, este post do André Abrantes Amaral n' O Insurgente:



Lutas internas



O Presidente francês, Jacques Chirac, condenou hoje o termo "escumalha" usado pelo ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, para designar alguns habitantes dos subúrbios, afirmando que "em política, a escolha das palavras é essencial".

A observação do chefe de Estado, que até agora não se tinha exprimido sobre as palavras tão criticadas de Sarkozy, faz parte de um artigo publicado no jornal Parisien, em que Chirac respondeu a 50 perguntas colocadas por leitores sobre os distúrbios nos subúrbios.

Ao ser questionado sobre as palavras utilizadas pelo ministro do Interior, que numa visita a um bairro da periferia de Paris apelidou alguns jovens de "escumalha", termo bastante criticado no país, Chirac condenou os termos usados.

"Em política, a escolha de palavras é evidentemente essencial" e por isso, para Chirac aqueles que cometem um delito ou crime devem ser tratados de "delinquentes ou criminosos".

(...)

Ainda sobre os imigrantes, voltou a discordar com Nicolas Sarkozy na atribuição do direito de voto dos estrangeiros, à semelhança do que acontece hoje com os cidadãos comunitários.

"O princípio é que em França a nacionalidade e o sufrágio estão ligados", afirmou, convidando aqueles que desejam naturalizar-se a fazê-lo.


Torna-se bastante interessante verificar esta "aliança" entre o Presidente e o Primeiro-Ministro, para fazer face à popularidade do Ministro do Interior. Trata-se de uma cultura política completamente diferente da nossa, pois não consigo imaginar uma situação destas em Portugal...

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Retrospectiva




Um debate à esquerda, cujas posições pelo que li não diferiram muito no seu conteúdo, mas sim no estilo muito próprio de cada um. Alegre, com a sua postura patriótica tentando demarcar-se do discurso populista de Francisco Louçã, e este último a tentar colar a imagem de homem do sistema e do aparelho socialista a Manuel Alegre.

São dois candidatos de eleitorado distinto que não tinham muito a perder, e que Alegre poderia tentar cativar, como candidato melhor posicionado para fazer a convergência dos votos à sua esquerda. Não sei se conseguiu, mas piorar a sua actual situação seria difícil.

Amanhã temos um Cavaco-Jerónimo, cujo combate não será dos mais difíceis de prever...

Paciência...

Franscico Louçã afirma que "Manuel Alegre só é candidato apartidário porque não é apoiado pelo partido."

Tenho imensa pena de não ter tido a oportunidade de ouvir Louçã a afirmar algo com o qual não discordo...

Após o descanso do fim-de-semana...

Os dois candidatos mostraram-se muito enérgicos...

Aspecto interessante: Louçã estava claramente mais activo do que no debate com Cavaco...

Louçã vs Alegre

Não tive oportunidade de ver o debate na íntegra, apenas uma pequena parte. Mesmo assim é possível retirar algumas observações.

Mas alguém surpreende-se?






A coisa que correu mal...

Joana Amaral Dias tem agora um novo ídolo! Chama-se Luís Delgado. A mandatária para a Juventude da candidatura presidencial de Mário Soares e dirigente do Bloco de Esquerda, conseguiu a prova da vitória de Francisco Louçã, vindo de um homem de direita! A nossa cara Joana deve ter vibrado de contentamento com a crónica de Luís Delgado:
Todavia, existe algo que não compreendo. Na mesma crónica Luís Delgado afirma que Jerónimo de Sousa venceu Mário Soares no segundo debate realizado... Será que JAD se esqueceu dessa parte? Ok, foi um lapso, certo? Pronto, uma pessoa lê a segunda parte da crónica, e esquece-se de ler a primeira... Acontece aos melhores...

A segunda parte do post, refere-se a um trabalho de investigação eleitoral. JAD procurou desenfreadamente o vídeo do debate Louçã/Cavaco no site oficial deste último e nada. Depois da alegria inicial, o drama, a tragédia, o horror... Mas não se preocupe, tenho a certeza que a TVi e em particular Miguel Sousa Tavares, não se importará de lhe enviar uma cópia do debate, para que possa ver tudo outra vez!

Concluindo, fico deveras contente que Joana Amaral Dias tenha alguém à direita a quem atribua credibilidade e em quem confie. Tenho imensa pena é que essa pessoa se chame Luís Delgado... Mas pronto, já não é mau para começar...

sábado, dezembro 10, 2005

Alterações Climáticas




Bill Clinton: “Já não existem grandes dúvidas de que as alterações climáticas são reais, causadas e agravadas pelas actividades humanas”.

Após ter assitido a algumas conferências sobre o tema, da qual se destaca a proferida pelo Eng. Rui Moura do blog Mitos Climáticos, tenho sérias dúvidas em relação ao que Bill Clinton afirma. O efeito antropogénico está muito longe de contribuir para um aumento da temperatura global. Primeiro, o fenómeno de aumento global das temperaturas é falacioso. É verdade que nalgumas regiões do globo tal acontece, mas existem outras onde o oposto ocorre. É nesse equilíbrio que se sustenta a climatologia mundial, havendo indícios de que a temperatura média global tende a baixar, ao contrário do que actualmente se especula. Para além disso, a manutenção da temperatura global é feita quase totalmente através da energia solar, e o efeito antropogénico tem um efeito muito baixo nesta manutenção.

Embora não sendo um especialista no tema, e não querendo correr o risco de transmitir ideias erradas, gostaria simplesmente de dizer que os meios de informação jornalísticos não são um bom meio de aprender e ter esclarecimentos sobre esta temática. Além disso, a maior parte das decisões tomadas nesta área são de natureza política, e carecem muitas vezes de conhecimento científico. Não quero estar a dizer que Bill Clinton não possui a experiência e a cultura científica para afirmar o que diz, apenas que este tema gerou um tamanho cepticismo à escala global, ao ponto de vários cientistas e políticos cerrarem fileiras, não permitindo uma abertura do tema à discussão.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Retrospectiva




A economia foi o grande tema da noite. Não era muito difícil adivinhar que a discussão tomasse este rumo, devido a um dos presentes - Francisco Louçã. Como se esperava, não perdeu tempo para sacar de inúmeras estatísticas para revelarem o desastre que foi a governação de Cavaco Silva durante os seus 10 anos à frente de um executivo. Não percebeu, que o estilo de Cavaco sobre a matéria foi deveras muito mais convincente que o seu.

Foi notório que Cavaco Silva melhorou bastante em relação ao anterior debate, e numa discussão onde profetizavam um embate difícil, Cavaco explicou de maneira serena a sua governação, as qualidades que o fazem o melhor candidato presidencial do momento, e colocou um travão ao discurso absolutamente demagógico de Francisco Louçã. O debate poderá não ter sido muito rico em ideias (se retirarmos a discussão sobre o modelo económico), mas valeu sobretudo pelo estilo de cada candidato.

Aguardemos pelo próximo swing de candidatos.

Estudos...

Louçã possui um estudo sobre a segurança social. Ao que parece só ele o leu...

Em contrapartida, Cavaco possui estudos sobre a Ota, mas ainda não os leu...


E os restantes candidatos, que estudos têm?

De novo os Biliões...

Eu gosto de ouvir Cavaco falar em biliões. Soa bem a palavra...


Será que estarei a tornar-me demasiado pró-americano?

Poderia repetir Sr. Deputado Louçã?

Qual o problema do modelo de imigração de Portugal?

O problema está no facto de estar escondido na clandestinidade dos imigrantes clandestinos.


Pois....

Liberalização laboral segundo Cavaco

Defendeu uma maior flexibilização do mercado laboral, à semelhança de vários países nórdicos. Um modelo liberal tímido, mas motivador.

Alguém conhece a posição de Mário Soares?

Liberalização laboral segundo Louçã

Claro que não! A rigidez e os direitos inflexíveis dos trabalhadores acima de tudo!

Até da preocupação de empregar, diria eu...

Será um torcicolo?

Em três questões consecutivas de Miguel Sousa Tavares, Louçã vira-se para Cavaco para efectuar "observações".

De notar que a maioria delas estavam pouco relacionadas com a pergunta...

O esclarecimento!

A principal preocupação de Louçã é o desemprego.

Pelo menos hoje...

Lições de Economia

Cavaco disse coisas economicamente mais bonitas que Louçã.

Louçã

Uma máquina a lembrar números de défices cavaquistas, desempregos cavaquistas, enfim o costume...

Dúvida Presidencial

Será que Mário Lino apenas enviou os CD's com os estudos da Ota a Cavaco Silva, ou a mais candidatos?

O primeiro bónus de Cavaco

A escolha da gravata. (Finalmente!)

Política de forças



A discussão sobre a reforma das escolas privadas deu nisto... Na Coreia do Sul, a oposição e governo têm duros confrontos políticos...

California, always California...


Retrospectiva




Pelo pouco que vi do debate, e as notícias referentes a este, acho que a discussão não foi muito relevante. Depois de Soares ter criticado o primeiro debate entre Alegre e Cavaco por terem estado demasiado de acordo, não creio que hoje tivesse havido uma ruptura significativa entre os dois candidatos. Jerónimo soube manter uma proximidade estratégica a Soares, não destruindo a sua imagem de protector dos direitos dos trabalhadores. Soares, fez exactamente o que se estava à espera. No meio de alguns percalços, defendeu o governo, evocou a sua história democrática (mesmo quando não era necessário) e afirmou-se como independente, algo que todos sabemos que não é e nunca foi. Aguardemos dias melhores para ambos os candidatos...

O próximo swing presidencial é entre Cavaco e Louçã, já amanhã.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Possui alguma divergência com Jerónimo de Sousa?

Vejamos, em 1974...

Comovedor

A preocupação de Mário Soares pela caixa de "pensões".

O esclarecimento!

Mário Soares é independente!

O que acontece é que teve o azar de ser apoiado pelo PS... Ainda para mais no preciso momento em que apresentava a sua candidatura...

Jerónimo de Sousa e o paradigma dos trabalhadores

Foi inevitável. A primeira frase que ouvi de Jerónimo mencionava a expressão Direitos dos Trabalhadores...

O primeiro erro de Jerónimo

A escolha da gravata...

Bónus Presidencial

O cenário do debate era bem melhor que o da SIC.

Soares e Jerónimo

Por razões alheias à minha pessoa, apenas pude assistir a 15 minutos de debate entre Soares e Jerónimo. Mesmo assim, acho que posso fazer alguns breves comentários, dada a riqueza informativa presente nesse intervalo de tempo...

New blogs...

Aspirina B e Vento Sueste, dois blogs de esquerda.

Porque também é bom ter alguém com quem discordar.

Président Sarkozy











Devo dizer que a minha primeira impressão de Sarkozy não foi das melhores. Todavia, depois de conhecer melhor o seu perfil, as suas ideias para a França e para a Europa, e a maneira como lidou com os acontecimentos em Paris, a minha opinião sobre o político que mais hipóteses tem de ser eleito o próximo presidente da França mudou bastante, e mudou positivamente.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Budget deal




O Reino Unido prepara-se para apresentar uma nova proposta para o orçamento comunitário. Depois do falhanço das pré-negociações, e tentando manter o low-profile, Jack Straw prepara-se para enfrentar os 25 com um orçamento construído sob pressão durante esta semana. A proposta inicial foi condenada por quase todos os países que usufruem de fundos, em contraposição com os países que mais contribuem para o orçamento comunitário. Envolvia um corte substancial da despesa total em relação ao orçamento anterior, principalmente nas áreas dos fundos estruturais e de coesão e despesas na agricultura e desenvolvimento rural.

Straw não deve vacilar na reforma da PAC, ou pelo menos numa corajosa remodelação da Política Agrícola Comum, que actualmente absorve uma porção demasiado grande do Orçamento Comunitário. Esses parte do orçamento seria bem mais aproveitada na manutenção da política de fundos de coesão e no cumprimento da Agenda de Lisboa. A globalização a que assistimos hoje em dia não permite a preservação de desenvolvimentos obsoletos e completamente fictícios. Haja coragem para enfrentar o mercado mundial, de modo a que o impulso económico surta efeitos nesta Europa desgastada pelo actual modelo social.

Ensino

Escreve o RAF, no Blue Lounge:





Embora este post tenha sido escrito no âmbito da temática da laicidade do Estado e a badalada retirada dos crucifixos das salas de aulas, acho que este excerto revela antes de mais a desigualdade existente no país, no que diz respeito ao nosso sistema de ensino. Mais importante do que a existência ou ausência de crucifixos, é necessário reflectir sobre o papel passivo ou quase impotente dos pais, na educação dos seus filhos.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Retrospectiva




O debate (?) não contribuiu para esclarecer inúmeras questões. Não me desiludi, pois não estava com grandes expectativas. A discussão centrou-se em medidas que em nada estão relacionadas com a questão presidencial, tal como todos nós esperávamos. A rigidez post-mortem de Cavaco não ajudou na sua imagem, mas como Alegre estava convicto que o patriotismo é a solução de todos os males, nenhum ficou prejudicado.

Aguardemos pelo próximo swing de candidatos.

Mau presságio?

Cavaco acha que ninguém o vai reclamar se for eleito...

Isto não me cheira a humanismo!

Terminar a discussão com o salário do Presidente da República.

Qual o que fugiu mais às questões dos jornalistas?

Too close to poll.

Viva o Estado Social Decadente!

Manuel Alegre não quer revoluções liberais nem neoliberais na Europa...

Cavaco estava rígido?

A culpa deve ser das cadeiras da SIC. Eu estou habituado a vê-lo às gargalhadas...

Momento de grande animação!

O intervalo do debate.

Dúvida Presidencial III




Em que parte do debate houve um frente-a-frente?

Evolução (humanista?)

Força de Bloqueio (1992)


Força de Desbloqueio (2005)

Ota

Conclusão à Cavaco: De facto 5 biliões de euros davam para investir em vários sectores...


Conclusão à Alegre: Espanha não permite esses bons investimentos...

O primeiro erro de Cavaco

A escolha da gravata.

Um bom PR tem de....

Manuel Alegre: Compreender e possuir um Humanismo da História Nacional.


Onde será que se aprende tal conhecimento?

Dúvida Presidencial II

A Economia Espanhola de 1905 está incluída no leque de matérias que o Presidente da República deve conhecer?

Dúvida Presidencial

Qual a parte da entrevista que foi um debate?

Round 1




Começa hoje o ciclo de debates entre os diversos candidatos presidenciais. Cavaco Silva vs Manuel Alegre é o primeiro, e o ciclo termina com um Cavaco Silva vs Mário Soares.

É a corrida pelo segundo lugar, o lugar da honra socialista.

domingo, dezembro 04, 2005

Leitura Recomendada




Um Príncipe, por João Gonçalves do Portugal dos Pequeninos:

A culpa é da Judite...

A moda dos blogs de apoio não oficiais pegou. Até ao partido comunista já chegaram estas novas tecnologias. O Mais Livre é um blogue de apoio à candidatura de Jerónimo de Sousa às eleições presidenciais. Não tenho o hábito de consultá-lo regularmente, mas hoje por acaso tive a oportunidade de lê-lo e deparei-me com o seguinte post:

Acho o post extremamente esclarecedor, para compreendermos o espírito de apoio a Jerónimo de Sousa. Primeiro tenho que elogiar o autor do post, pois num parágrafo consegue dar o seu apoio a Jerónimo de Sousa sem incluir a expressão "Direitos dos Trabalhadores". Segundo, a questão do passado na campanha eleitoral está aparentemente resolvida. O que interessa são os projectos para o futuro do país! As referências à governação de Cavaco Silva são apenas momentos de relax, e que não têm qualquer importância para o país. Mas o facto dos entrevistadores é que precisarem de substituições é que marca este post. Viva o despedimento e abaixo o Direito dos Trabalhadores (jornalistas)!

Cavaco Silva & Liberais

O Pedro Picoito continua a sua saga de tentar justificar porque os liberais devem votar Cavaco. Depois deste post, eis a "second season":

Os argumentos dos liberais para não votar em Cavaco são sobretudo dois.
Vejamos o primeiro (ele não representa o ideário liberal) e deixemos por enquanto o segundo (ele não fez uma política liberal).

(...)

O dilema, portanto, não está em saber se Cavaco é ou não um liberal, mas em saber se é o melhor candidato para os liberais. Imaginem, por absurda hipótese, que um governo qualquer avança a sério com a reforma da administração pública. Quem querem ter em Belém: o mauzão de Boliqueime ou os tutores dos "direitos adquiridos"?


De notar que as reticências correspondem a um extenso texto de história, um tema bem interessante por sinal, mas praticamente irrelevante para a conclusão final. Mas pronto caro Pedro, vejo que conseguiu finalmente perceber o cerne da questão. Penso que agora deverá compreender a frase do RAF: é fechar os olhos e votar no homem logo na 1.ª volta...

sábado, dezembro 03, 2005

Belgian leader proposes 'United States of Europe'











As declarações de Verhofstadt são deveras interessantes. A maior parte das medidas que defende no âmbito dos EUE são perfeitamente legítimas, e nas quais me revejo inteiramente. A flexibilização do mercado laboral e uma reforma social e económica nesta Europa são projectos que terão de ser implementados mais cedo ou mais tarde. Também concordo quando diz que os europeus anseiam por uma nova Europa, e sobretudo por uma Europa mais coesa. Todavia, tenho sérias dúvidas que esse desejo seja a passagem abrupta para um Estado Federal. Não é uma ideia que me choque, bem pelo contrário, mas a avaliar pelas características inerentes aos diversos países da UE, é um projecto de tal forma arrojado (e arriscado), que dificilmente poderá ser aceite por certos países. É certo que nem todos os estados na América aceitaram a constituição de uma só vez, acabando no futuro por aceitarem, mas as circustâncias eram bem diferentes das de hoje. Não digo se piores ou melhores, digo diferentes.