As declarações de Verhofstadt são deveras interessantes. A maior parte das medidas que defende no âmbito dos EUE são perfeitamente legítimas, e nas quais me revejo inteiramente. A flexibilização do mercado laboral e uma reforma social e económica nesta Europa são projectos que terão de ser implementados mais cedo ou mais tarde. Também concordo quando diz que os europeus anseiam por uma nova Europa, e sobretudo por uma Europa mais coesa. Todavia, tenho sérias dúvidas que esse desejo seja a passagem abrupta para um Estado Federal. Não é uma ideia que me choque, bem pelo contrário, mas a avaliar pelas características inerentes aos diversos países da UE, é um projecto de tal forma arrojado (e arriscado), que dificilmente poderá ser aceite por certos países. É certo que nem todos os estados na América aceitaram a constituição de uma só vez, acabando no futuro por aceitarem, mas as circustâncias eram bem diferentes das de hoje. Não digo se piores ou melhores, digo diferentes.
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