
A moral fica fora da discussão.
“Many people want the government to protect the consumer. A much more urgent problem is to protect the consumer from the government.” - Milton Friedman
The last obstacle to the confirmation of Judge Samuel A. Alito Jr. as the 110th justice of the Supreme Court was cleared on Monday, providing conservatives with what they believe will be another reliable vote on the deeply divided court.
O secretário-geral do PS, José Sócrates, considerou hoje em Atenas que o grego George Papandreou é «a pessoa certa» para suceder na presidência da Internacional Socialista (IS) e referiu-se a António Guterres, como um homem «brilhante».
(...) Em alguns Países, e sob alguns aspectos, assiste-se a um esforço positivo para reconstruir, depois das destruições da guerra, uma sociedade democrática e inspirada na justiça social, a qual priva o comunismo do potencial revolucionário, constituído por multidões exploradas e oprimidas. Estas tentativas procuram em geral preservar os mecanismos do livre mercado, assegurando através da estabilidade da moeda e da firmeza das relações sociais, as condições de um crescimento económico estável e sadio, no qual as pessoas, com o seu trabalho, podem construir um futuro melhor para si e para os próprios filhos.
(...)Tanto a nível da cada Nação, como no das relações internacionais, o livre mercado parece ser o instrumento mais eficaz para dinamizar os recursos e corresponder eficazmente às necessidades.
(...)Neste sentido, é correcto falar de luta contra um sistema económico, visto como método que assegura a prevalência absoluta do capital, da posse dos meios de produção e da terra, relativamente à livre subjectividade do trabalho do homem. Nesta luta contra um tal sistema, não se veja, como modelo alternativo, o sistema socialista, que, de facto, não passa de um capitalismo de estado, mas uma sociedade do trabalho livre, da empresa e da participação. Esta não se contrapõe ao livre mercado, mas requer que ele seja oportunamente controlado pelas forças sociais e estatais, de modo a garantir a satisfação das exigências fundamentais de toda a sociedade.
(...)Voltando agora à questão inicial, pode-se porventura dizer que, após a falência do comunismo, o sistema social vencedor é o capitalismo e que para ele se devem encaminhar os esforços dos Países que procuram reconstruir as suas economias e a sua sociedade? É, porventura, este o modelo que se deve propor aos Países do Terceiro Mundo, que procuram a estrada do verdadeiro progresso económico e civil?A resposta apresenta-se obviamente complexa. Se por «capitalismo» se indica um sistema económico que reconhece o papel fundamental e positivo da empresa, do mercado, da propriedade privada e da consequente responsabilidade pelos meios de produção, da livre criatividade humana no sector da economia, a resposta é certamente positiva, embora talvez fosse mais apropriado falar de «economia de empresa», ou de «economia de mercado», ou simplesmente de «economia livre». (...)[JPII, Centesimus Annus]
Se eu me guiasse por alguns faróis do liberalismo que iluminam a blogosfera, já me tinha provavelmente albergado à sombra do socialismo. Intolerância por intolerância, antes a velha esquerda marxista do que este arrivismo ideológico que passa por liberalismo. Basta ler certas coisas que se escrevem, por aí, para se perceber que, para os seus mais zelosos apóstolos, o liberalismo…não é liberal. É um intricado de regras invioláveis e de certezas iluminadas. Uma luta feroz pela imposição da ortodoxia. E um campeonato pueril de exibições mesquinhas e de egos mal ajustados. Ser mais liberal do que qualquer outro liberal é o grande desígnio que anima certos liberais. O liberalismo é o exclusivo de uns tantos: há sempre alguém, de cartilha em punho e de dedinho em riste, disposto a zelar pelos princípios da seita. O mínimo desvio e a mais leve heterodoxia são imediatamente denunciados pela pena fácil dos mestres. Os mestres, na sua prodigiosa sabedoria, conhecem, apenas, um único caminho: os liberais, se quiserem ser liberais, têm que pensar segundo cânones liberais que foram criteriosamente estabelecidos pelas autoridades liberais, entretanto, designadas. E os cânones são apertadinhos. Não dão azo a deambulações do espírito. Nem a tergiversações doutrinais. A coroa de glória dos mestres é apanhar um liberal em falta. Denunciá-lo na praça pública. Apontar-lhe a ignorância. E mostrar, pelo caminho, a sua superior inteligência de mestre. O mínimo que se pode dizer é que esta gente, coitada, faz pior ao liberalismo que todos os apologistas do Estado.
1. Há, de facto, na blogosfera, e na discussão deste assunto em particular, muito ruído; em boa medida, porque a blogosfera é um espaço onde cada um pode escrever sem restrições; em parte, também, porque há bastante juventude, de sangue quente (ou aquecido à pressa por impulso hormonal); ou ainda muita gente que está num processo embrionário de formação, o que leva a que as imprecisões abundem com frequência; há, finalmente, um «cruzamento», interessante, mas potencialmente explosivo, entre interesses divergentes: de reflexão para-académica, de acção política e partidária, de aspiração mediática ou jornalística; ora, o modo como se alinham os conteúdos faz com que o output final seja muitas vezes criticável na perspectiva do outro, e dê lugar a acesas discussões.
2. A tudo isto acresce uma enorme dificuldade de definição do conteúdo do liberalismo. Não sendo, como o marxismo, uma doutrina com paternidade conhecida, mas uma corrente de pensamento que acomoda várias tendências e abordagens, com uma tradição plurisecular e multicultural, a sua conceptualização é aberta e até difusa.
(...)
5. Concordo que em Portugal o debate de ideias está excessivamente personalizado, e se desenrola com uma elevada falta de civismo. E, certo, está marcado por uma forte intolerância. Mas a CCS que me perdoe, mas o seu post está, neste contexto, enviesado, porque o mau carácter, a falta de educação, e o desrespeito pelos outros - o tal «dedinho em riste», o pensamento de «cartilha», os «princípios de seita», as «certezas iluminadas», as «exibições mesquinhas» e os «egos mal ajustados» - estão, infelizmente, por todo o lado.
6. O post da CCS «dispara para o ar», fazendo uma data de «vítimas civis». Por várias vezes pensei deixar de escrever na blogosfera, porque me cansa estar sistematicamente a ser bombardeado, mesmo quando a lama não me era directamente dirigida (como penso que é o caso). Que a «miudagem» se entertenha neste tipo de quezílias é-me indiferente, mas que uma jornalista da envergadura de CCS, num blogue lido por milhares de pessoas, se submeta a semelhante exercício, traduz-se numa tremenda desilusão.
A sua [sociedade civil] notória fraqueza, a sua debilidade cívica e a sua abstinência forçada são fruto do peso do Estado que ela suporta com indisfarçável repulsa. O pressuposto estaria garantido, quanto mais não seja pelo seu carácter épico, não fosse o inconveniente desta “sociedade civil”, ambiciosa e autónoma, de facto, não existir. Em Portugal, a “sociedade civil” é um produto do Estado que a emprega e a subsidia e lhe garante o essencial.
Ao contrário do que os liberais apregoam, o Estado, entre nós, não está na origem dos problemas: é chamado à resolução dos mesmos, com natural espalhafato. Para assegurar o emprego à custa da competitividade. Para evitar falências. Para garantir os direitos consagrados na Constituição. Para distribuir subsídios que promovam a cultura, investimentos que beneficiem os empresários e iniciativas da “sociedade civil” que não existe, nem se manifesta se não à custa do Estado. O Estado, em Portugal, tem as costas demasiado largas.
A partir deste ano, os pacientes britânicos podem receber tratamentos num hospital à sua escolha, entre quatro possíveis, públicos ou privados, sob condição de que o tratamento não fique mais caro do que num hospital do Serviço Nacional de Sáude (NHS). A partir de 2008, poderão escolher qualquer hospital, com as mesmas condições económicas.Patient Choice é o nome que se deu a esta reforma. O sistema foi bem recebido pelas organizações dos pacientes. Entre os profissionais de saúde, alguns avisam dos riscos da possibilidade de escolha. Segundo Alison Kitson, directora do Royal College of Nursing, a introdução de regras de mercado na medicina pode levar a uma sobrecarga de pacientes nos hospitais mais famosos e, por outro lado, a que os menos populares cheguem a ter de fechar. É possível que os médicos generalistas, que serão a principal fonte de informação para os pacientes, não disponham de dados suficientes sobre a atenção hospitalar.No extremo oposto, o Prof. Paul Corrigan, antigo assessor do Ministério da Saúde, afirma numa publicação da Fundação Social Market que se deve permitir aos pacientes passar por cima do sistema normal e acudir a qualquer provedor de cuidados de saúde, se na sua zona de residência os meios oferecidos pelo sistema público são insuficientes. Uma maior implicação de farmácias, especialistas clínicos, provedores e hospitais privados em competição com os públicos elevará o nível de saúde e reduzirá os custos, segundo Corrigan.
Garcia Pereira discorda da existência de um défice democrático na região governada por Alberto João Jardim. O que há, diz, "é défice de oposição". O PSD, prossegue o dirigente do MRPP, vai "continuar a ganhar eleições mais 365 vezes" porque "a oposição que se reclama de esquerda na Madeira nunca conseguiu compreender a questão autonómica" e "não tem uma visão estratégica para o desenvolvimento económico e social da região".
"Tentar transformar o dr. Alberto João Jardim numa espécie de demónio dos demónios é uma manifestação de impotência de toda a oposição madeirense."
(...)
(...)
Toda esta parafernália de considerações se encontra plasmada nas recentes decisões do Governo de construir um novo aeroporto na Ota e de proceder à instalação da «alta velocidade ferroviária» (vulgo TGV) nalguns pontos do nosso País. Decisões tomadas sem um mínimo aceitável de «contraditório» e com o aproveitamento do conhecido «quem cala, consente». Decisões alegadamente suportadas pelo «manto diáfano» de uma maioria absoluta, não eleita para o efeito. Decisões que, por falta de um debate alargado, não mobilizam o Povo Português, remetendo-o a espantar-se com as obras faraónicas e a alienar-se dos factos da responsabilidade «deles».
Senhor Deputado
Assuma integralmente, por uma vez que seja, a sua indesmentível qualidade de representante do Povo Português: exija que o Povo se possa exprimir directamente num referendo sobre estas decisões.
(...)
(...)
(...)
O que eu pretendo com este texto é transmitir a minha opinião de que Jorge Sampaio contribuíu - e muito - para que o cargo que exerce tenha esvaziado em influência. O cargo de Presidente da República (PR) tem vindo progressivamente a perder influência formal - desde que os deputados da nação tentaram evitar que fosse possível voltar a haver uma deriva presidencialista como a que Ramalho Eanes protagonizou - e depende cada vez mais do perfil e do estilo do titular do cargo para ter real influência nos destinos do país.A revisão constitucional de 1982 teve o propósito de colocar um travão numa tentativa de se gerar um regime presidencialista, esperando um maior equilíbrio de poderes tal como o Ricardo refere. Todavia, esta relação de equilíbrios revelou-se curta, já que a maioria absoluta de Cavaco lançou a componente parlamentar do sistema bem mais forte que a presidencial. Mas actualmente as coisas não são bem assim.
(...)
"(...) digam lá o que disserem, a verdade é que não há muita gente que, aos 80 anos, ainda tenha tanto para dizer, ainda mereça tanta atenção, ainda faça correr tanta tinta, ainda cause tantos remoinhos e admiração e ainda receba tantos elogios e agradecimentos, farpas e provocações como ele..."