"De boas intenções, está o inferno cheio." Este pensamento dito por um teólogo françês, São Bernardo, foi a frase que me veio à memória quando li a proposta de Manuel Alegre para solucionar os problemas económicos do país:
Devo dizer que não simpatizo muito com Manuel Alegre, principalmente porque não me revejo nas suas ideologias políticas. Todavia, foi com grande satisfação que vi a sua candidatura. Um partido é, e deve ser constituído por todos os militantes. As candidaturas devem surgir dos cidadãos e não dos partidos políticos. Quer se goste ou não, a candidatura de Mário Soares é a candidatura do PS à presidência. Soares pode querer afirmar-se no momento como "supra-partidário", mas a verdade é que quando foi escolhido tinha um carimbo na testa a dizer "aprovado e recomendado pelo PS". A partir desse momento, nenhum militante poderia ser candidato pelo Partido Socialista. Todavia a máquina socialista expandiu esse conceito de tal forma, que mais nenhuma candidatura deveria tomar lugar, dada a vontade obsoleta de derrotar Cavaco Silva. Manuel Alegre não concorreu contra o partido, pois aceitaria o cargo de candidato socialista com toda a honra, caso a proposta tivesse sido feita. Simplesmente, cumpriu a promessa que tinha feito, tendo o partido criado entretanto condicionalismos a possíveis candidaturas. Se essa foi uma decisão sensata, é outra questão.
Assitir a propostas como a que Manuel Alegre refere, faz com que os poucos pontos positivos que identificava em Alegre se desvaneçam. Primeiro de tudo, Alegre não deve fazer qualquer reflexão ou indicação sobre como o executivo deve governar e/ou com quem deve governar. É vital a independência de poderes, nomeadamente os presidenciais e os legislativos, tendo obviamente uma boa articulação entre eles. Segundo, é completamente demagógico e populista. Num período de crise orçamental e económica, fazer com que patrões, sindicatos, governo e partidos da oposição falem em uníssono sobre o rumo a seguir é algo bonito de imaginar, mas um falhanço em toda a linha na prática. A sociedade não está, (nem sei se estará, pelo menos nestas condições) pronta para atingir um equilíbrio desse género. Porém, também é verdade que "o que conta, é a intenção", mas neste tipo de casos...
Assitir a propostas como a que Manuel Alegre refere, faz com que os poucos pontos positivos que identificava em Alegre se desvaneçam. Primeiro de tudo, Alegre não deve fazer qualquer reflexão ou indicação sobre como o executivo deve governar e/ou com quem deve governar. É vital a independência de poderes, nomeadamente os presidenciais e os legislativos, tendo obviamente uma boa articulação entre eles. Segundo, é completamente demagógico e populista. Num período de crise orçamental e económica, fazer com que patrões, sindicatos, governo e partidos da oposição falem em uníssono sobre o rumo a seguir é algo bonito de imaginar, mas um falhanço em toda a linha na prática. A sociedade não está, (nem sei se estará, pelo menos nestas condições) pronta para atingir um equilíbrio desse género. Porém, também é verdade que "o que conta, é a intenção", mas neste tipo de casos...
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