A publicação dos Índices de crescimento económico no nosso país, demonstraram uma situação absolutamente díspar ao nível das diversas regiões do nosso país. A região mais rica continua a ser Lisboa, seguida da Madeira. As regiões mais pobres são as do Norte do país e os Açores.
O crescimento de Lisboa, é facilmente perceptível pela quantidade de investimento em infra-estruturas, bem como na localização de inúmeras sedes empresariais, para além da elevada densidade populacional. É também em Lisboa que o poder político é mais forte, sendo este um grande promotor de desenvolvimento. É neste ponto, que encontramos similitudes com o crescimento económico na Madeira. Nesta região, o poder político é extremamente forte, e um grande impulsionador do desenvolvimento socioeconómico. Obviamente, um crescimento não se revela apenas na capacidade de um executivo em investir utilizando fundos públicos, seja em Lisboa seja na Madeira, mas principalmente na capacidade de criar condições para o estabelecimento de empresas, e de captação de investimento. Esta capacidade tem sido uma prioridade dos responsáveis pelo desenvolvimento económico da região.
Ao contrário de várias regiões, e até mesmo de vários governos, o modelo de desenvolvimento da Madeira não primou pelo centralismo. Muito pelo contrário. O Funchal, um pólo administrativo, cultural e económico por excelência, não foi das regiões com mais investimento público nos últimos anos. Acho que a razão é fácil de perceber, quando se compreende que é um dever de qualquer governo estabelecer condições para o investimento e regular o comércio e economia na globalidade das regiões, nunca interferindo demasiado. O Funchal, ao possuir as condições necessárias para tal crescimento, apenas necessitou de aperfeiçoar as características já existentes de modo a que com o tempo fosse conseguindo captar inúmeros investimentos, gerando riqueza. Assim, o investimento público foi realizado em regiões mais pobres, que necessitavam de vias de comunicação, espaços para comércio, melhoramento de infra-estruturas de lazer, de comércio construídas em grande parte, em prol do turismo.
Em pouco tempo, o centralismo que residia no Funchal atenuou-se e diversos serviços expandiram-se um pouco por toda a região, resultando em benefícios tanto para o Funchal como para as restantes regiões. A aposta na qualidade dos serviços prestados, condição fundamental para manter o fluxo de turismo (responsável por cerca de 30% do PIB da Madeira) é uma prioridade no momento. A construção de diversas sociedades de desenvolvimento um pouco por toda a ilha, facilitam a fixação de tecido empresarial e indústrias. Para além destas medidas, salienta-se a construção do Aeroporto da Madeira, financiado em grande parte pela UE, e o aproveitamento de fundos europeus, condições absolutamente vitais para que em 20 anos, uma das regiões mais pobres do país se tornasse das mais prósperas, e constituísse indubitavelmente um pólo de referência ao nível económico.
Em pouco tempo, o centralismo que residia no Funchal atenuou-se e diversos serviços expandiram-se um pouco por toda a região, resultando em benefícios tanto para o Funchal como para as restantes regiões. A aposta na qualidade dos serviços prestados, condição fundamental para manter o fluxo de turismo (responsável por cerca de 30% do PIB da Madeira) é uma prioridade no momento. A construção de diversas sociedades de desenvolvimento um pouco por toda a ilha, facilitam a fixação de tecido empresarial e indústrias. Para além destas medidas, salienta-se a construção do Aeroporto da Madeira, financiado em grande parte pela UE, e o aproveitamento de fundos europeus, condições absolutamente vitais para que em 20 anos, uma das regiões mais pobres do país se tornasse das mais prósperas, e constituísse indubitavelmente um pólo de referência ao nível económico.
Obviamente que numa sociedade e economia mais globalizadas, as regiões ultra-periféricas tendem a ser as mais afectadas. Todavia, a solução não passa por um estabelecimento de um estatuto proteccionista às empresas, mas uma aposta na qualidade e na requalificação de serviços prestados. Só desta maneira, pode-se garantir um crescimento económico sustentado, assegurando ao mesmo tempo um elevado índice de qualidade de vida e de coesão social.
Nota: Este post insere-se numa iniciativa conjunta entre este blog e o blog Filho do 25 de Abril. Para consultar o post com o mesmo tema no outro blog clique aqui.
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